G1/DA
O dólar mudou de rumo na reta final do pregão e fechou em alta nesta quarta-feira (5), após 3 quedas seguidas, voltando a ser negociado acima de R$ 3,10.
A moeda norte-americana avançou 0,55% frente ao real, a R$ 3,1149 na venda, após chegar a R$ 3,0803 na mínima do dia e a R$ 3,1190 na máxima.
Cenário local
Segundo a agência Reuters, o câmbio foi impactado por levantamento mostrando que o governo não conseguiria aprovar agora na Câmara dos Deputados a reforma da Previdência, tida como essencial para colocar as contas públicas do país em ordem, nem com uma proposta mais branda.
"O placar não está nada bom para o governo", afirmou à Reuters oeconomista-sênior do banco Haitong, Flávio Serrano.
Levantamento feito pelo Grupo Estado revelou que a proposta da reforma da Previdência seria rejeitada por 240 deputados, mesmo com uma versão mais suavizada. Para aprovar, são necessários 308 votos favoráveis, o equivalente a três quintos dos 513 deputados.
A trajetória do dólar durante a maior parte do pregão foi de queda, após a decisão do TSE. A maioria dos ministros da Corte decidiu na véspera adiar o julgamento da chapa Dilma-Temer, resultado em sintonia com as pretensões do Palácio do Planalto de adiar, ao máximo possível, o desfecho do caso. Com isso, haviam diminuído as preocupações dos investidores de que a votação da reforma da Previdência no Congresso Nacional poderia ser afetada.
O Banco Central não anunciou intervenção no mercado de câmbio. Em maio, vencem US$ 6,389 bilhões em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.
O BC informou que em todo mês de março, o ingresso de dólares na economia brasileira superou a retirada de valores em US$ 2,87 bilhões. No acumulado do primeiro trimestre deste ano, a entrada de recursos também foi superior à saída, em US$ 1,96 bilhão.
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