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Protesto de caminhoneiros espalha-se para outros grupos profissionais

Protesto de caminhoneiros espalha-se para outros grupos profissionais

23/05/2018 às 18h46 Atualizada em 23/05/2018 às 22h46
Por: RegiãOnline
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Por RODOLFO CÉSAR

 

Gerson Oliveira/Correio do Estado

 

Em Campo Grande, durante a tarde desta quarta-feira (23), alguns grupos profissionais demonstraram apoio à greve dos caminhonheiros que acontece no Brasil - em Mato Grosso do Sul o manifesto é realizado em trechos de rodovias federais em 20 cidades. Motoristas de aplicativos, motoboys e moto-entregadores fizeram buzinaço e fecharam cruzamentos por alguns minutos como forma de criticar os sucessivos aumentos de combustível decretados pela Petrobras.

Esse envolvimento é indicativo do volume que a greve está tomando. Além de protestos, o gerente Executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes MS (Sinpetro) Edson Lazaroto, disse nesta quarta-feira que a paralisação dos caminhoneiros já está afetando todo o segmento de combustíveis no Estado, principalmente nas cidades do interior, pois as bases localizadas em Campo Grande estão operando com restrições. Caso a greve persista, o abastecimento de todas as cidades ficará comprometido.

A questão envolvendo falta de combustível já afetou Nova Andradina, onde alguns postos aumentaram o preço da gasolina para R$ 4,90 com a alegação de escassez do produto. Em Campo Grande, alguns postos estariam restringido a quantidade de abastecimento, limitando a 20 litros.

Nos supermercados, associação da categoria alertou hoje que trabalha com o risco de falta de produtos a partir de sábado no caso de a greve prosseguir.

ENVOLVIMENTO

Grupo de motoristas de aplicativo divulgaram que cerca de 200 veículos reuniram-se no começo da tarde e percorreram cinco quilômetros juntos, na Avenida Guaicurus, para criticar a atual política de reajuste de combustíveis. "Agora queremos fazer o mesmo nesta quinta-feira (24), mas desta vez reunindo 500 carros", disse um dos manifestantes, Clodoaldo Pereira.

No Centro da Capital, no cruzamento da Rua 13 de maio com Avenida Afonso Pena, em torno de 100 motociclistas fecharam o trecho em torno de três minutos e fizeram buzinaço. Eles também reclamaram do preço da gasolina atualmente praticado na cidade. Logo depois, perfilaram as motos na região e permaneceram por alguns minutos.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou que as manifestações de caminhoneiros no Estado estão em Eldorado, Naviraí, Caarapó, Dourados, Rio Brilhante, em Campo Grande, Bandeirantes, São Gabriel do Oeste, Maracaju, Guia Lopes da Laguna, Paranaíba, Cassilândia, Chapadão do Sul, Camapuã, Sidrolândia, Rio Verde de Mato Grosso, Brasilândia, Paraíso das Águas, Nova Alvorada do Sul e Três Lagoas.

A maioria desses rodovias atingidas, sendo BR-163, BR-060, BR-262, BR-158 e BR-267, estão parcialmente interditadas. Os protestos começaram às 6h e só veículos de passeio estão sendo liberados e o congestionamento está em cerca de um quilômetro em cada um desses trechos.

"É importante frisar que o Código de Trânsito Brasileiro prevê uma multa no valor de R$ 3,8 mil (e suspensão do direito de dirigir) para condutores que utilizam seus veículos para interditar rodovias e que a PRF poderá fazer uso de expediente caso não seja atendida a solicitação para liberação da rodovia em que seja utilizado veículos automotores", informou nota da PRF.

SEM ACORDO

A Associação Brasileira de Caminhoneiros (ABCAM) e o governo federal não se entenderam durante reunião nesta quarta-feira e não houve acordo para que a greve seja encerrada. Participaram do encontro o ministro dos Transportes, Valter Casemiro, o ministro da secretaria de governo Carlos Marun e o diretor geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Mário Rodrigues.

"Vai continuar parado. A única coisa que concordamos é a liberação de carga viva, alimentos perecíveis, medicamento e oxigênio. Mas, depois de sexta-feira, não terá nada liberado", afirmou o presidente da associação, José da Fonseca Lopes, em entrevista à Folhapress.

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Conforme divulgado pela Abcam, a solicitação é da eliminação da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e PIS/Cofins sobre combustíveis. A entidade também quer mudança na política de reajuste de preços. Para a categoria, o aumento deveria ocorrer a cada 90 dias, não a qualquer momento, como a Petrobras vem atuando.

*Colaboraram: Eduardo Fregatto, Aline Oliveira e Rafaelly Gonçalves.

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