O dólar terminou em alta pela segunda sessão consecutiva com investidores cautelosos antes do julgamento de habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Supremo Tribunal Federal (STF), mas sem deixar de monitorar o exterior.
Na mínima, registrou 3,3043 reais e, na máxima, foi a 3,3421 reais. O dólar futuro subia cerca de 0,84 por cento.
“Mercado tem motivos para ficar receoso com o STF”, comentou um profissional da mesa de câmbio de uma corretora nacional, ao lembrar de liminar que impediu que o ex-presidente fosse preso pelo menos até que saísse a decisão desta quarta-feira.
“O placar entre os ministros deve ser apertado, provavelmente de seis votos a cinco, mas ainda não se sabe se contra ou a favor de Lula.”
Lula lidera as pesquisas de intenção de votos, mas é visto pelo mercado hoje como um candidato menos comprometido com o ajuste das contas públicas. Com a confirmação de sua condenação no caso do tríplex no Guarujá em segunda instância, Lula deve ficar impedido de entrar na corrida eleitoral por conta da Lei da Ficha Limpa.
Ainda assim, o mercado teme sua influência no processo eleitoral deste ano.
No exterior, o dólar, que cedia pela manhã, passou a subir ante a cesta de moedas, num movimento de maior apetite ao risco que, entretanto, não apagou as preocupações com uma possível guerra fiscal.
A divisa norte-americana, no entanto, caía ante a maioria das moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
O Banco Central não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio. Em maio, vencem 2,565 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.
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