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Raiane Carneiro/Foto: Divulgação-Sintect-MS
Os trabalhadores dos Correios em Mato Grosso do Sul devem parar suas atividades por tempo indeterminado a partir da meia-noite desta segunda-feira (11). A paralisação acontece em apoio à greve nacional que é contra a alteração do Acordo Coletivo de Trabalho Vigente, a falta de reposição de funcionários além do plano de demissão voluntária oferecido pela empresa. A adesão no Estado foi confirmada pelo Sintect-MS (Sindicato dos Trabalhadores nos Correios de Mato Grosso do Sul).
Conforme o sindicato, o Acordo Coletivo de Trabalho foi firmado entre a categoria e a empresa, sendo homologado pelo TST (Tribunal Superior de Trabalho) e com validade até o dia 31 de julho. No entanto, a direção dos Correios teria entrado com um pedido na Justiça para alterar uma cláusula sobre o plano de saúde dos empregados com o objetivo de excluir os pais e mães do plano.
Outra situação informada pelo Sintect é o da suspensão das férias dos trabalhadores e das demissões feitas pela empresa por meio do Plano de Demissão Voluntária. A mobilização nacional foi convocada pela Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares) para manter o acordo coletivo e para ir contra as demissões na empresa.
A decisão da categoria aconteceu em assembleia geral no dia 2 de março, aderindo a greve nesta segunda-feira. Conforme o sindicato, os trabalhadores temem a perda de outros benefícios. O número de agências que devem parar totalmente ou parcialmente deve ser divulgado nesta segunda.
A greve nacional foi convocada pela Fentect para ir contra a alteração no plano de saúde e devido à não realização de concursos públicos desde 2011, que seria para repor os funcionários que saíram da empresa.
Conforme o portal Uol, o quadro de funcionários da empresa teve uma redução de quase 20 mil pessoas nos últimos cinco anos. O número caiu de 125,4 mil empregados em 2013 para 106 mil.
Ao portal, os Correios se manifestaram sobre a greve, informando que " empresa entende que é um direito do trabalhador. No entanto, um movimento dessa natureza, neste momento, serve apenas para agravar ainda mais a situação delicada pela qual passam os Correios e afeta não apenas a empresa, mas também os próprios empregados", afirmou a assessoria.
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