Maisse Cunha
Grupo de motoristas de Campo Grande participam de um protesto, na tarde desta sexta-feira (12), contra o aumento no preço dos combustíveis. A mobilização aconteceu em frente ao MPF (Ministério Público Federal), na avenida Afonso Pena, e reuniu cerca de 60 pessoas.
Conforme noticiado pelo Jornal Midiamax na última terça-feira (9), a gasolina chega a custar R$ 4,69 em alguns postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul, de acordo com levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Waldir Silva da Rocha, 45, é motorista de aplicativos há, aproximadamente, 1 ano e afirmou à reportagem do Jornal Midiamax, que pretende para de realizar o serviço em fevereiro, caso o preço dos combustíveis não sofra uma queda.
“A parcela do carro que financiei para trabalhar é de R$ 468, o seguro é R$ 173, então para ser vantajoso, eu teria que trabalhar 15 horas por dia e isso gera um custo muito alto, é desanimador”, confessa.
De acordo com os organizadores da mobilização, que é apartidária e de iniciativa da sociedade civil, o intuito da manifestação é trazer o tema à tona e convocar a população, a fim de buscar explicações junto ao MPF sobre a legalidade da nova política de preços praticados pela Petrobras.
“Estamos buscando justiça, cobrando dos governos esclarecimentos sobre essa situação que afeta todas as classes da população brasileira”, afirmou Wellington Dias, líder do movimento.
O aumento no preço do combustível foi o motivo por trás do fechamento do Posto Capital, que era localizado na rua 14 de julho, região central, há 2 meses.
A organização também afirmou que buscará explicações sobre a carga tributária do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no estado, que, atualmente, segundo os manifestantes, é de 25%.
De acordo com a Petrobrás, a nova política de preços da companhia segue tendência do mercado internacional de combustíveis e possibilita que os preços sejam reajustados a qualquer momento, inclusive diariamente.
A única exigência é que os reajustes não ultrapassem 7% ao mês, tanto para aumentos, quanto para queda nos preços.
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