Entre os estados produtores, Mato Grosso do Sul é o único que deve contabilizar aumento de produção de soja neste ano. A projeção faz parte do quarto levantamento da safra 2017/2018, divulgado nesta quinta-feira (11) pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). A entidade estima que os sojicultores sul-mato-grossenses colham 8,7 milhões de toneladas nesta safra.
De acordo com a Conab, a área plantada com soja em Mato Grosso do Sul é de 2.640,8 mil hectares, 4,7% superior ao da safra passada. A produtividade, no entanto, deve cair 3,1%, de 3,4 mil quilos por hectare para 2,29 quilos por hectare.
Nessa equação, a produção deve contabilizar ligeiro crescimento de 1,5%. Apesar de modesto, é o único resultado positivo estimado para os estados produtores de soja. Mato Grosso, líder nacional na produção do grão, deve colher, na safra 2017/2018, 30,119 milhões de toneladas, redução de 1,3% na comparação com o ciclo anterior (30,513 milhões de toneladas).
Também devem reduzir o volume colhido os estados do Paraná (-6,7%, de 19,586 milhões de toneladas para 18,271 milhões de toneladas), Rio Grande do Sul (-6,7%, de 18,713 milhões de toneladas para 17,457 milhões de toneladas), Goiás (-0,4%, de 10,819 milhões de toneladas para 10,780 milhões de toneladas).
De modo geral, a lavoura de soja em Mato Grosso do Sul “se encontra nos estádios de desenvolvimento vegetativo e floração”, conforme nota a Conab. “Na microrregião de Iguatemi, ao sul do estado, onde a soja é plantada mais cedo em comparação às outras regiões produtoras, cerca de 33% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 44% em floração e 23% em frutificação. Já na microrregião do Alto Taquari e Cassilândia, ao norte do estado, atualmente 55% estão em desenvolvimento vegetativo, 41% em floração e 4% em frutificação”, acrecenta.
Milho – No caso do milho total (primeira e segunda safras), a expectativa é de queda. A situação mais crítica é do milho primeira safra, com projeção de redução de 46,4% da área plantada (de 28 mil para 15 mil hectares). Com leve aumento de 0,6% da produtividade (de 9.340 para 9.400 quilos por hectare), a produção deve retrair em 46,1% (de 261,5 mil para 141 mil toneladas.
“A redução de área plantada em relação à safra anterior ocorreu porque os preços praticados com milho segunda safra foram baixos, forçando os produtores a recuarem nos investimentos referentes ao plantio de milho e investissem no cultivo da soja”, analisa a Conab.
Em relação ao estágio do plantio do milho primeira safra, “o que se observa é que aproximadamente 91% das lavouras está em desenvolvimento vegetativo e 9% em floração”.
Em se tratanto do milho segunda safra, a área deve permanecer a mesma (1,75 milhão de hectares). O aumento estimado tanto da produtividade quanto da produção deve ser de 0,1%, alcançando, respectivamente, 5.468 quilos por hectare e 9,623 milhões de toneladas.
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