O dólar recuava frente ao real nesta quinta-feira, mantendo o movimento nos dois pregões anteriores, de olho na cena externa e nos esforços do governo do presidente Michel Temer para aprovar a reforma da Previdência no próximo mês.
“O ambiente de menor aversão ao risco é sustentado pelo otimismo que cerca o crescimento da economia mundial neste ano”, trouxe a SulAmérica Investimentos.
O dólar recuava ante uma cesta de moedas depois de se recuperar na véspera da mínima de três meses, uma vez que dados favoráveis dos Estados Unidos e a ata do Federal Reserve, banco central do país, foram incapazes de tirar pressão da moeda norte-americana. O dólar também cedia ante divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.
Internamente, depois de ir abaixo de 3,25 reais nesta semana, os investidores aguardavam novidades para tomar novas posições.
“Temos uma agenda vazia em janeiro... Até lá, não vejo grandes modificações nos níveis do dólar, que deve ficar entre 3,20 e 3,30 reais”, disse o analista-chefe da corretora Rico Investimentos, Roberto Indech.
O governo tem feito esforços, novamente, para tentar aprovar a reforma da Previdência em fevereiro na Câmara dos Deputados e, assim, dar sinal positivo aos agentes econômicos depois de não conseguir colocar a matéria em votação no final de 2017.
Nesta manhã, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), está reunido com os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamento), entre outras lideranças, para tratar do tema.