O preço do litro de leite pago ao produtor acumulou alta de 0,03% no mes de dezembro, registrando valor de R$ 1,00, livre de frete e impostos. Comparado ao mesmo período do ano passado, a quantia representa um aumento de 18%, informou o Centro de Estudos Avançados de Economia Aplicada (Cepea), nesta quinta-feira (28).
Em Mato Grosso do Sul, a projeção de valor feita pelo Conselho Paritário de Produtores/Indústrias de Leite (Conseleite/MS) foi de R$ 0,83, com pagamento feito em 30 dias. O clima chuvoso que beneficia as pastagens pode ser positivo para os produtores de leite, visto que na estação das águas, comprova-se o maior pico produtivo na ordenha em razão do aumento na pastagem.
A referência é mensurada com base nos negócios praticados em sete estados brasileiros, considerados os maiores produtores brasileiros: Santa Catarina, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás e Minas Gerais. Na avaliação da instituição, os resultados demonstram situações distintas de mercado nas diferentes praças, apesar da estabilidade na média nacional.
"O quadro de oferta e demanda é considerado “delicado”. De um lado, a demanda ficou mais fraca em função das festas de fim de ano e das férias escolares. De outro, em algumas regiões, a captação de leite diminuiu, com consequente redução de estoques, o que pode possibilitar a retomada das cotações", aponta o relatório.
Na média anual, o preço pago ao produtor de leite medido pelo Cepea ficou em R$ 1,7112 o litro, queda de 8% em relação ao registrado em 2016. De acordo com os pesquisadores, o cenário é de estabilidade para alta nos valores recebidos pelos pecuaristas para a maior parte dos agentes de mercado consultados.
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