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A briga entre um cachorro e um porco espinho em uma casa no Gama, no Distrito Federal, na madrugada desta quarta-feira (29), terminou com os dois animais feridos. As mordidas deixaram fraturas nas costas do ouriço, que, segundo o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), vai precisar de atendimento na Universidade de Brasília (UnB).
O porco espinho pertence à espécie Coendou prehensilis, um mamífero da fauna do cerrado brasileiro com hábitos noturnos. Os espinhos nas costas do animal podem chegar a 10 centímetros e se desprendem do corpo do animal caso haja algum contato mais intenso, como uma mordida.
Por isso, recomenda-se não tentar capturar o porco espinho com as próprias mãos. O mais indicado é procurar o Batalhão de Polícia Militar Ambiental, pela emergência (190) ou pelo telefone (61) 99351-5736.
Destruição do Cerrado
A ocupação desordenada das matas no Distrito Federal leva os animais a procurarem refúgio em áreas urbanas. Luzes de carros e de casas confundem as espécies, que se perdem nas regiões habitadas pelo homem.
Insetos perigosos para a saúde humana que, geralmente, vivem em matas e florestas também têm aparecido em áreas urbanas do DF. Na segunda-feira (28/11), um barbeiro infectado com o protozoário causador da doença de Chagas foi encontrado dentro de um apartamento em Águas Claras.
Porcos espinhos como o encontrado no Gama podem, inclusive, levar o protozoário Trypanossoma cruzi, causador da doença de Chagas. Apesar de eles não transmitirem diretamente o parasita ao ser humano, um barbeiro pode passar o micróbio ao picar um porco espinho infectado e, depois, uma pessoa.
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