Sábado, 28 de Setembro de 2024
17°C 30°C
Dourados, MS
Publicidade

Cientistas observam colisão de estrelas que causou explosão mais brilhante que o Sol

Cientistas observam colisão de estrelas que causou explosão mais brilhante que o Sol

16/10/2017 às 23h50 Atualizada em 17/10/2017 às 02h50
Por: RegiãOnline
Compartilhe:

www.correio24horas.com.br

 

 

Estrelas de nêutrons são as menores e mais densas estrelas conhecida

Um grupo internacional de cientistas anunciou nesta terça-feira, 16, a descoberta de um conjunto de fenômenos astrofísicos nunca antes observados: a colisão de um par de estrelas de nêutrons produzindo ondas gravitacionais e uma explosão luminosa um bilhão de vezes mais brilhante que o Sol.

Assista uma simulação do fenonemo publicada pela NASA:

 

https://www.youtube.com/watch?v=x_Akn8fUBeQ&feature=youtu.be

 

 

 

De acordo com os cientistas, pela primeira vez um evento cósmico foi observado ao mesmo tempo a partir da luz e das ondas gravitacionais por ele produzidas. O anúncio foi feito na sede do Observatório Europeu do Sul (ESO) em Garching, na Alemanha e no Observatório do Paranal, operado pelo ESO no deserto do Atacama, no Chile. "O que é incrível nessa descoberta é que pela primeira vez temos um quadro completo de um dos eventos mais violentos e cataclísmicos do Universo. Esse foi o mais intenso trabalho de observação que já foi feito", afirmou o diretor executivo do Ligo, Dave Reitze, durante o evento na Alemanha. As estrelas de nêutrons são as menores e mais densas estrelas conhecidas. Elas podem ter cerca de 20 quilômetros de diâmetro, apenas, mas seu interior é tão denso que uma colher de chá desse material tem a massa de um bilhão de toneladas. Previstas por Albert Einstein em 1915, as ondas gravitacionais surgem quando corpos muito grandes e acelerados produzem distorções no "tecido" que compõe o espaço-tempo, de maneira semelhante às ondulações produzidas por uma pedra atirada na água. As ondas gravitacionais só foram observadas em 2015, no Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferometria a Laser (Ligo, na sigla em inglês), a partir da fusão entre dois buracos negros em galáxias distantes. O feito rendeu o Prêmio Nobel da Física de 2017 ao alemão naturalizado americano Rainer Weiss e aos americanos Barry Barish e Kip Thorne, que coordenaram a construção do Ligo. Depois da primeira observação no fim de 2015, as ondas gravitacionais foram captadas mais três vezes - mas como a fusão dos buracos negros não produz nenhuma luz, o fenômeno é completamente invisível para os telescópios ópticos. Desta vez, portanto, os cientistas conseguiram não apenas "ouvir", mas também enxergar a violenta trombada dos corpos que produziram as ondulações no espaço tempo. A sequência extraordinária de eventos observada pelos cientistas começou com os dois detectores gêmeos do Ligo - localizados na Luisiânia e em Washington, nos Estados Unidos. Eles capturaram os tremores no espaço-tempo produzidos pela fusão das duas estrelas de nêutrons a 130 milhões de anos-luz da Terra. Um alerta foi acionado para astrônomos de vários lugares do mundo. Em algumas horas, mais de 70 telescópios - na Terra e no espaço - estavam observando o brilho da explosão. Quando as estrelas de nêutrons colidiram, elas emitiram uma intensa explosão de raios gama e expeliram uma grande quantidade de materiais que, naquelas condições, se transformaram elementos pesados, como ouro, platina e urânio. Os cientistas já suspeitavam que as colisões de duas estrelas de nêutrons poderiam ser violentas o suficiente para criar os elementos mais pesados, mas não só agora esse tipo de fenômeno foi de fato observado e confirmado.

 

 

 

https://youtu.be/x_Akn8fUBeQ

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Lenium - Criar site de notícias