Tatiana Marin | Foto: Arquivo/Midiamax
O Governo do Estado conseguiu nesta quinta-feira (28) estender o prazo para que os produtores de leite de Terenos, município 28 quilômetros distante de Campo Grande, possam utilizar os resfriadores da Lactalis. O laticínio encerrou suas atividades em maio deste ano e deixou produtores preocupados, pois utilizam os resfriadores da empresa em comodato. Entretanto um dos equipamentos que estava em uso já foi retirado.
Jaime Verruck, titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) negociou com a diretoria da Lactalis a extensão do prazo para 6 meses, até que os produtores se adaptem e encontrem meios de direcionar o leite produzido.
“Conversamos com os diretores e neste momento está descartada a reabertura do laticínio em Mato Grosso do Sul por motivos de mercado, mas iniciamos uma conversa para a implantação do Centro de distribuição de produtos da empresa no Estado”, destaca o secretário ao explicar que as negociações para que a instalação da unidade em MS começam agora.
Para Carlinda Rezende, presidente da Cooplaf (Cooperativa Agrícola Mista da Pecuária Leiteira e de Corte e da Agricultura Familiar), a ação do Governo é boa e traz esperanças para os produtores, entretanto ela teme que a Lactalis não cumpra com o prometido. Ela alega que na segunda-feira (25) a empresa retirou um dos 5 resfriadores que ainda estavam sendo utilizados. Segundo ela, pelo contrato a Lactalis deveria notificar a remoção do resfriador com 30 dias de antecedência, o que não teria acontecido.
“Estamos dentro do prazo de contrato. Pelo contrato eles deveriam ter nos notificado com 30 dias de antecedência e isso não aconteceu. Cinco produtores ficaram sem ter como resfriar o leite”, relata.
“A ação do Governo é a nossa salvação. Onde vamos arrumar 5 resfriadores? Essa negociação é uma chance boa para podermos nos organizar e comprar outros, porém a preocupação é que a Lactalis não vai cumprir”, reforça Carlinda
O coordenador do escritório da Agraer de Terenos, Valdecir Batista Alves, confirma a situação. “Eles precisaram entregar e temem que vão tirar os restantes. A secretaria (Semagro) está tentando deslocar alguns que estejam parados e a Agraer de Terenos está tentando localmente também. Mas estamos contando que a negociação seja cumprida”, afirma.
A Semagro anunciou que, segundo o superintendente de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar da Semagro, Rogério Beretta, o governo do Estado vai buscar alternativas para que o leite desses produtores seja comercializado com outros laticínios.
A reportagem do Jornal Midiamax tentou contato com a Lactalis, porém todos os telefones encontrados são inexistentes.
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