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Arrebatador e imponente. Visto de cima, é um emaranhado de rios, lagoas e muito verde. No‘Globo Repórter’ desta sexta-feira, dia 22, as repórteres Claudia Gáigher e Eunice Ramos se revezam para desvendar os mistérios do Pantanal, região ainda pouco explorada e conhecida. Um exemplo é o isolado Parque Nacional do Pantanal, onde o acesso só é possível por avião ou pela água. Com 136 mil hectares preservados, o local é muito procurado para pesca esportiva e profissional. É também uma área de pesquisas científicas e rica em vida, onde já foram encontradas 33 espécies diferentes de mamíferos, 120 de formigas, 420 de besouros e 120 de plantas.
A pecuária é, há mais de 200 anos, a base econômica da planície pantaneira. Atualmente, a discussão é sobre como tornar a atividade mais sustentável. O programa mostra uma fazenda onde bois e animais silvestres, como onças, veados, capivaras e antas, compartilham espaço. Os fazendeiros já pensam em criar um selo para a carne produzida em região conservada, sem uso de agrotóxicos e respeitando o meio ambiente e a população. É o princípio do econegócio: valorizar produtos cuja produção ajuda a conservar o Pantanal.
Um grande desafio para os cientistas é descobrir, nas plantas, elementos químicos que possam ser usados na fabricação de remédios e cosméticos. O Pantanal é uma região muito rica para esse fim. Na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, um grupo de biólogos e farmacêuticos se dedica à caça de tesouros naturais. Foram identificadas duas mil plantas, mas os cientistas garantem que esse número deve ser de pelo menos oito mil, pois ainda há um imenso laboratório natural a ser estudado.
Moradores da comunidade rural de Poconé já reconhecem o valor dessas plantas, que utilizam com objetivos terapêuticos. Muitos nunca foram a uma farmácia tradicional e pegam na natureza tudo o que precisam para curar dores e doenças. A casca de angelim, por exemplo, é usada para tratar diabetes, úlcera e gastrite. O cedro rosa garante alívio para dor de estômago. E o extrato da flor de jateí-kaá é um anti-inflamatório eficiente para tratar a gengiva e eliminar bactérias que causam a cárie. No ipê pantaneiro conhecido como “para tudo”, cientistas encontraram uma substância que é santo remédio para picada de cobra. Às margens do rio Paraguai, o programa também visita uma escola chamada Jatobazinho. Crianças ribeirinhas, do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, em esquema de semi-internato: moram na escola de segunda-feira a sexta-feira e passam o fim de semana em casa. Muitas não teriam chance de estudar se não fosse o projeto.
O Globo Repórter vai ao ar na noite dessa sexta-feira, dia 22, depois da novela ‘A Força do Querer’.
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