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furacão Irma, uma das tempestades mais fortes no Atlântico em um século, deixou um rastro de destruição em ilhas do Caribe antes de atravessar a República Dominicana em direção ao Haiti e Barramas nesta quinta-feira (7). A Reuters fala em 11 mortos e milhares de desabrigados, mas os números são imprecisos por falta de informações.
A tempestade atingiu várias ilhas pequenas no nordeste do Caribe, incluindo Barbuda, São Martinho e as Ilhas Virgens Britânicas. Em seu caminho, arrancou árvores, derrubou casas e provocou chuvas fortes e ondas de até 12 metros de altura.
Meteorologistas descreveram o Irma como uma tempestade de categoria 5 "potencialmente catastrófica", a maior classificação dos EUA para furacões. O Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês) informou que o fenômeno se move a uma velocidade de 24 km/h, segundo a BBC.
Na tarde desta quinta, o furacão José foi elevado à categoria 3, com ventos de 195 km/h, e classificado pelo NHC como o terceiro maior da temporada no Atlântico. José também se dirige ao Caribe.
Relatos apontam que a área de Antígua e Barbuda foi uma das mais devastadas. A ilha mais setentrional, Barbuda, que abriga cerca de 1.700 pessoas, foi "totalmente demolida", com 90% de todas as habitações afetadas, disse o primeiro-ministro Gaston Browne, de acordo com as transmissões de televisão na ilha citadas pela Reuters.
Browne afirmou que uma pessoa foi morta em Barbuda. Uma segunda fatalidade relacionada à tempestade, a de um surfista, foi relatada em Barbados e o governo francês disse que pelo menos duas pessoas morreram nos territórios das ilhas do Caribe de São Martinho e São Bartolomeu.
Segundo a France Presse, o olho do Irma passou 90 km a nordeste de Porto Rico, e a ilha foi varrida por ventos de até 177 km/h, disse o governador Ricardo Rosselló. Cerca de metade da população ficou sem energia. As autoridades habilitaram 154 abrigos para 2.000 pessoas.
Segundo a agência Efe, o governador, Ricardo Rosselló, informou nesta quinta que três pessoas morreram em Porto Rico em casos relacionados com as más condições climáticas causadas pela passagem do furacão
Cuba começou a evacuar alguns dos 51 mil turistas que visitaram a ilha, particularmente 36 mil pessoas em resorts da costa norte, a maioria canadenses.
Autoridades dominicanas ordenaram a retirada dos habitantes em cidades ao longo da costa do norte do Atlântico, já que a tempestade ia para o porto e destino turístico de Porto Plata.
O Irma está no caminho para chegar à Flórida no domingo (10). Ele ruma para se tornar o segundo grande furacão a atingir território dos EUA em duas semanas. O furacão Harvey matou cerca de 60 pessoas e causou até US$ 180 bilhões em danos após atingir o Texas no final do mês passado.
O fenômeno provavelmente atingirá a Flórida como uma tempestade de categoria 4 muito poderosa, com tempestades e inundações, de acordo com o NHC.
O governador da Flórida, Rick Scott, disse que não estava claro se o Irma atingirá a costa leste ou oeste do Estado, mas recomendou os residentes a ficarem atentos com as ondas provocadas por ventos poderosos.
O presidente dos EUA, Donald Trump, aprovou a decretação de emergências no Estado, em Porto Rico e nas Ilhas Virgens Americanas, mobilizando recursos federais de assistência a desastres. "O furacão Irma está furioso, mas temos excelentes equipes de pessoas talentosas e corajosas já instaladas e prontas para ajudar. Tenha cuidado, fique seguro", escreveu no Twitter.
Dois outros furacões se formaram na quarta. Katia, no Golfo do México, não representava uma ameaça aos Estados Unidos, de acordo com os analistas norte-americanos citados pela Reuters.
Mas o furacão José, no Atlântico, cerca de 955 km a leste das Pequenas Antilhas por volta das 18 horas (horário de Brasília), pode eventualmente ameaçar o continente dos EUA. Na tarde desta quinta ele se transformou em categoria 3, e ameaça algumas das mesmas ilhas devastadas pelo Irma.
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