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Incêndios não param e chegam a uma média de 4 por dia em Nova Andradina

Incêndios não param e chegam a uma média de 4 por dia em Nova Andradina

01/08/2017 às 18h38 Atualizada em 01/08/2017 às 22h38
Por: RegiãOnline
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Nova News

 

Foto: Márcio Rogério/Nova News

 

 

Os nova-andradinenses passaram a viver um dilema nas últimas semanas. Com o tempo seco e a baixa umidade relativa do ar, os focos de incêndios não param mais de serem registrados. Só para se ter uma ideia da dimensão do problema, de sábado (29) até a manhã desta terça-feira (1º), foram 12 chamados que chegaram ao Corpo de Bombeiros. Por dia, a média é de 4 casos.

O número pode parecer pouco, mas os casos incluem apenas os incêndios de maior proporção que fogem ao controle dos moradores que, na maioria das vezes, são os próprios responsáveis pela prática ilegal. Em uma situação recente, no município vizinho de Batayporã, uma casa foi incendiada após um homem atear fogo em um lixo no quintal, e em Nova Andradina por pouco a mesma história não se repetiu.

Corpo de Bombeiros tem atendido chamados em praticamente todos os pontos da cidade - Foto: Márcio Rogério/Nova News

 Entre os casos mais recentes, cerca de três hectares de uma mata nativa, localizada nas proximidades do cemitério de Nova Andradina, foram devastados na manhã desta terça-feira (1º). Cinco militares estiveram empenhados no combate ao incêndio que durou cerca de duas horas para ser combatido, e colocava ainda em risco uma residência existente no local.

Outro incêndio de grande proporção ocorreu na noite desta segunda-feira (31) próximo ao asilo. A área destruída foi de um hectare e imóveis próximos também poderiam ser afetados. Segundo apurado, o local é um terreno baldio que possuía uma vegetação densa, o que demonstra a falta de cuidado por parte do dono do imóvel.

Reclamações não param

Voltando a se repetir ano a ano, reclamações não param de surgir por toda a parte da cidade. O problema, como pode ser visto, é sempre o mesmo: o descaso da população de modo geral. De um lado, os proprietários de terrenos baldios não se importam em limpar regularmente seus imóveis, e de outro o vizinho aproveita o local para depositar lixo. Qualquer uma das situações, a velha prática de atear fogo para dar fim ao lixo ou vegetação vem à tona.

Identificar o culpado é sempre uma tarefa difícil. Ninguém viu ou quer apontar o vizinho, por exemplo, de ser responsável pelo incêndio. Outra situação alvo de discussão é a efetiva participação do Poder Público Municipal nas ações de repressão à prática aos proprietários de terrenos.

A reportagem do Nova News esteve na manhã desta terça-feira (1º) conversando com o comandante do 3º Subgrupamento de Bombeiros de Nova Andradina, major Wellington Rodrigo de Lima Bento. Segundo ele, foi mantido um contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente para ser feito um trabalho focado na conscientização, prevenção e fiscalização.

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  Foto: Nova News

 

 “O Corpo de Bombeiros faz a sua parte, mas trata-se de um problema coletivo em que toda a sociedade deve estar envolvida. Quando atendemos um chamado de incêndio, acionamos a Prefeitura Municipal para que responsabilize, através da aplicação de multa, quem deixa de cuidar do seu terreno e geral, desta forma, provoca inúmeros danos que afetam a todos ao praticar um incêndio”, pontuou o comandante.

Ao avistar alguém ateando fogo em terreno ou qualquer área de vegetação, o major orienta que o fato deve ser comunicado imediatamente ao Corpo de Bombeiros, que em conjunto com a Prefeitura, tomará as medidas cabíveis. “É preciso que as pessoas tomem consciência que a queimada não é uma prática adequada que dever ser feita. Estamos há 50 dias sem chuva e com a umidade relativa do ar na casa dos 40%, vários são os danos à saúde das pessoas, em especial das crianças e os idosos”, lembrou Lima ao falar que também tem aumentado o número de transportes clínicos de pessoas acometidas por problemas respiratórios.

O comandante ainda orienta os produtores rurais do município e da região a adotarem formas de prevenção para evitarem incêndios em pastagens, como, por exemplo, a construção de aceros e monitoramento permanente. “Nos colocamos à disposição para aplicarmos treinamentos para ajudar no combate às queimadas. Se um incêndio em vegetação acontece em uma área rural, até chegarmos lá o fogo já pode ter tomado grandes proporções, entretanto, se no local haverem pessoas treinadas, os prejuízos podem ser bem menores. Quem tiver interesse basta nos procurar”, detalho Lima.

 

 

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