(Foto: Batalhão do Corpo de Bombeiros de Corumbá)
Mato Grosso do Sul registrou 1.231 ocorrências de incêndio somente no mês de julho. Os números apontam aumento de 87% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 658 incêndios em todo o Estado.
Os dados são do Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar de MS e abrangem todos os incêndios atendidos pelos militares do dia 1º até o dia 27 deste mês – que representaram uma média de 45 ocorrências por dia.
O aumento no número de casos em relação ao ano anterior é devido às condições climáticas, como a baixa umidade do ar, que favorece a propagação do fogo, segundo apontam os militares. A geada ocorrida em diversos municípios na última semana também favoreceu o aumento nos focos de incêndio, pois “queimou” a vegetação que agora serve de combustível ao fogo. Além disso, o mau hábito cultural de atear fogo em lixo, terrenos baldios e afins também têm contribuído para o aumento dos casos.
No início do mês, o Portal MS publicou alerta para o período crítico – que inicia em julho e segue até setembro – quando a estiagem eleva ainda mais os focos de incêndio. Por conta disso, o Corpo de Bombeiros Militar tem trabalhado com equipe extra em todos os quarteis.
“O que vimos até agora é o início de uma situação que deve se agravar ainda mais no mês de agosto”, apontou o chefe do Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Waldemir Moreira Júnior.
Ele explicou que no caso dos incêndios florestais – foram 954 registros em MS de 1º a 27 de julho – a vegetação já está propensa, mas ainda não totalmente seca. Quando isso ocorrer, os casos de incêndio poderão aumentar ainda mais.
Conforme as estatísticas dos Bombeiros Militares, há aumento de 50% nos incêndios em vegetação nos finais de semana, em grande parte por conta do costume de limpar os terrenos e quintais usando fogo.
Por isso, o alerta à população é para não atear fogo em terrenos baldios nem tentar utilizar esse recurso para qualquer tipo de limpeza. Até a queima controlada fica suspensa nesse período e quem for flagrado vai responder por crime ambiental.
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