O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a Petrobras em uma publicação no Twitter nesta sexta-feira (17), em meio à expectativa de que a estatal anuncie novos reajustes no preço do diesel.
“A Petrobras pode mergulhar o Brasil num caos”, afirmou o presidente, destacando que o governo federal, enquanto acionista majoritário da empresa, é contra qualquer aumento nos preços dos combustíveis.
Segundo Bolsonaro, a posição está ligada não apenas ao “exagerado lucro” da empresa em meio a uma crise econômica mundial, mas também devido ao “interesse público” previsto na Lei das Estatais.
“Seus presidente, diretores e conselheiros bem sabem do que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018, e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo”, ressaltou.
– A Petrobrás pode mergulhar o Brasil num caos. Seus presidente, diretores e conselheiros bem sabem do que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018, e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) June 17, 2022
Fontes da companhia informaram à CNN que o diesel deve ser reajustado entre 12% e 14%, com o novo valor já valendo a partir do próximo sábado (18).
A defasagem atual do diesel aferida pela Associação Brasileira dos Importadores é de 18%, ou R$ 1,08 por litro. O cenário foi tema de uma reunião extraordinária do Conselho de Administração da Petrobras na quinta-feira (16).
Apesar da resistência de alguns conselheiros, o órgão autorizou um reajuste no diesel. Conselheiros apontaram à CNN que foram apresentadas informações sobre a necessidade de aumentar o preço e relatórios atualizados sobre o risco de desabastecimento do diesel caso não ocorra um reajuste.
O Brasil depende de importações do combustível para atender à demanda, e portanto não pode ter uma defasagem grande com os preços no mercado internacional.
A CNN entrou em contato com a Petrobras para falar sobre os comentários do presidente, mas não obteve resposta até o momento.
Com informações de Raquel Landim e Pedro Duran, da CNN
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