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Nesta quarta-feira (15), a Administração Geral de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês) publicou um documento em que permite a retomada da importação de carne bovina do Brasil. As informações foram publicadas na agência de notícias Thomson Reuters e confirmadas pelo secretário de Relações Exteriores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Orlando Ribeiro.
Segundo Ribeiro, a suspensão do embargo é completa. O único critério de corte é o Certificado Sanitário Internacional (CSI).
Lotes de carne bovina com o CSI emitidos entre dia 4 de setembro e 14 de dezembro, não serão aceitos. “Se uma carne tiver sido produzida na semana passada e certificada hoje, por exemplo, está liberada. A data de corte é a certificação, o CSI', disse.
Maior exportador de carne bovina do mundo, o Brasil ficou temporariamente impedido de importar para China no dia 4º de setembro, depois de dois casos atípicos de “mal da vaca louca' serem registrados em território brasileiro, um em Minas Gerais e outro em Mato Grosso.
As autoridades brasileiras, cumprindo o protocolo sanitário que consta no acordo comercial entre os dois países, suspenderam as exportações à China, seu principal parceiro comercial. Entretanto, a carne que já estava nos portos em direção à Ásia continuou a ser exportada, até parte dela ser barrada pela alfândega chinesa.
O protocolo sanitário, que consta no acordo comercial entre os dois países, prevê a normalidade das negociações após investigação dos casos por um laboratório internacional, como foi feito pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) no Canadá.
Até setembro deste ano, o gigante asiático foi responsável por comprar 56% da carne bovina brasileira exportada. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), o volume de exportações de carne bovina brasileira caiu 43% no mês de outubro quando comparado ao mesmo período de 2020.
China
Em novembro, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que esperava o fim do embargo no mês de dezembro.
Ainda em novembro, o país asiático aceitou os pedidos de importação da carne bovina brasileira que já tinham obtido os certificados sanitários necessários antes de 4 de setembro. A decisão permitiu que parte da carga retida em portos chineses devido à suspeita, já descartada, de contaminação do produto fosse liberada pela alfândega.
“[A decisão chinesa é fruto de] um processo técnico que caminhou passo a passo', disse Tereza Cristina, na oportunidade, ao admitir que as negociações demoraram mais que ela esperava inicialmente.
Desde setembro, os governos dos dois países estão em negociações para resolver o assunto.
Foto: Governo de Rondônia
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