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Ludyney Moura
A União Europeia concluiu uma auditoria na carne importada do Brasil e descobriu, afirma reportagem do Estadão, publicada nesta terça-feira (13), mais de uma centena de casos de contaminação e reclamou de que o governo brasileiro não teria cumprido promessas feitas após a Operação Carne Fraca.
Segundo a reportagem do Estadão, a auditoria foi apresentada ontem, segunda-feira (11), ao ministro da agricultura e pecuária, Blairo Maggi (PR-MT), em uma reunião em Luxemburgo, e teria sido realizada no último mês de maio em alguns frigoríficos do país, que não foram divulgados.
Os auditores europeus encaminharam uma carta a Maggi, na qual reclamam que autoridades brasileiras não teriam implementado algumas medidas de controle sanitário após a deflagração da Operação Carne Fraca, o que ‘minava a confiança’ e ‘colocava em dúvidas a credibilidade do sistema de controle’ da carne produzida no Brasil.
Na carta obtida pelo Estadão, autoridades da União Europeia querem o fim da exportação brasileira de carne de cavalo, e exigem que nenhum novo frigorífico entre na lista de exportadores de frango e carne bovina.
Além disso, os europeus prometem exigir de exportadores brasileiros teste microbiais em 100% da carne comercializada e vao acompanhar a certificação de saúde de todos os containers antes do embarque do produto.
Uma nova auditoria será enviada ao Brasil em seis meses, e solicita ao governo Federal que apresente um plano de ação para recuperar a credibilidade do mercado europeu. Eles também querem a apresentação de relatórios regulares sobre o que tem sido feito neste sentido.
"Se a evolução da situação assim exigir, serei obrigado a considerar novas medidas de seguran. Peço que tomem todas as medidas necessárias para restabelecer a confiança no Brasil", disse na carta o comissário de Saúde da Europa, Vytenis Andriukaitis.
Estresse
O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) Jonatan Barbosa, afirmou à reportagem que ainda não havia se inteirado do assunto, salientou que os produtores e frigoríficos do Estado cumpre todas as normas exiges pelos mercados estrangeiros.
“Nossa carne é muito perseguida, pecuarista já está estressado. Primeiro a (Operação) Carne Fraca, depois o Funrural, a JBS (delações) JBS e agora mais essa. É uma transição complicada, temos que reagir”, frisou Barbosa, que revelou que o mercado europeu tem preferência pela carne importada de Mato Grosso do Sul, em função da qualidade do produto e dos sistemas de controle sanitário.
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