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Preços do milho em MS registram valorização de 70% nas principais praças produtoras

Preços do milho em MS registram valorização de 70% nas principais praças produtoras

18/02/2021 às 10h12 Atualizada em 18/02/2021 às 14h12
Por: RegiãOnline
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Ana Brito, Subcom

O preço do milho em Mato Grosso do Sul apresenta patamares muito superiores ao do mesmo período do ano passado. Dados da Granos Corretora mostram que nas principais praças produtoras, considerando as cotações praticadas no dia 12 deste mês, as negociações da saca de milho variam entre R$ 72 e R$ 74, resultado que é pelo menos 70% maior que os valores vistos em 2020.

“Em Mato Grosso do Sul, o milho não é mais uma atividade secundária", ressalta o titular da Semagro, Jaime Verruck

O titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), o secretário Jaime Verruck, destaca que o incremento está diretamente associado ao quadro de oferta e demanda, tanto interno como no mercado externo. “No ano passado, nós tivemos uma excepcional safra de milho, mesmo com toda a questão da seca, nós batemos o recorde de produtividade. Tivemos a chamada safra cheia".

De acordo com a Granos Corretora, o preço do milho em Campo Grande ficou com a média de R$ 73 a saca, mesmo resultado visto em Chapadão do Sul, Ponta Porã e Sidrolândia; em Maracaju ficou em R$ 73,50; R$ 74 a saca em Dourados e R$ 72, em São Gabriel do Oeste.

Os valores atuais superam entre 69% e 78%, as cotações do mesmo período do ano passado, quando em Campo Grande, Ponta Porã e Sidrolândia, a saca do milho estava em R$ 41; R$ 42 a saca em Chapadão do Sul e Dourados; R$ 41,50 em Maracaju; R$ 42,50 em São Gabriel do Oeste.

“Em Mato Grosso do Sul, o milho não é mais uma atividade secundária. O consumo interno tem crescido, e a tendência é um crescimento ainda maior internamente, devido à expansão, da suinocultura, considerando a utilização do milho na ração animal. Este grão é a principal proteína vegetal que se transforma em proteína animal”, ressalta Verruck.

Verruck reforça que a atual estabilidade está ligada ao fato de que neste momento, o Estado não tem praticamente milho spot para venda. “O milho spot já está estocado nas indústrias integradoras, na indústria de processamento, então é isso que traz uma certa estabilidade.  Esperamos agora que ocorra um rápido plantio de milho, a soja começou. Nós acreditamos no bom plantio de milho dado os preços atrativos, pois não existe uma perspectiva de curto prazo de queda substancial nos preços de milho, então, também espera que o milho safrinha, tenha boa safra.

Para o representante do setor, além da suinocultura e avicultura, para o próximo ano, o setor verificará um estímulo maior de produção: “lembrando que, a partir do próximo ano, nós começamos a produção do etanol de milho, ou seja, mais um comprador interno”.

 

 

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