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Caminhoneiros paralisaram atividades em 2018 por 11 dias em MS | Foto: Marcos Ermínio, Midiamax (De arquivo)
O Sindicam-MS (Sindicato dos Caminhoneiros de Mato Grosso do Sul) negou que haja alguma movimentação para nova greve de caminhoneiros no estado, contrariando informações de sindicato nacional que dão como certa uma grande paralisação no Brasil a partir da segunda-feira (1).
“Em Mato Grosso do Sul não acreditamos nessa possibilidade. O momento para nós é de trabalho. Não tem oferta de cargas, não está tendo nem procura neste momento. Não temos como começar uma movimentação [paralisação]. Não apoiamos e nem compactuamos neste momento”, afirmou o presidente do sindicato Roberto Sinai.
Segundo Sinai, MS é movido pela soja e gado de corte e, a colheita do grão deverá acontecer na segunda semana de fevereiro, o que também evidencia que não faz sentido algum uma paralisação neste momento. “Só pensamos em realizar essa movimentação caso todos os diálogos e possibilidades possíveis se esgotem com o Governo Federal. Neste ano a categoria nem conversou com o Governo ainda”, pontuou.
A nova greve, confirmada por frentes nacionais, deverá acontecer na próxima segunda-feira (1). Foi enviado ao governo federal um ofício do Conselho Nacional de Transportes Rodoviários de Cargas, confirmando a paralisação, caso os pedidos dos caminhoneiros não sejam atendidos. Ao todo, são 40 mil filiados no sindicato em 22 estados brasileiros.
Greve em 2018
A situação remete à grande paralisação nacional ocorrida em maio de 2018, quando a categoria paralisou por 11 dias em MS, causando uma série de desabastecimentos, inclusive de combustível, alimentos e de medicamentos e insumos hospitalares.
Mesmo nesta época, o movimento de caminhoneiros já era dividido e diversas lideranças autônomas emergiram em meio ao caos formado. Assim, enquanto o Sindicam-MS atuava para que a categoria focasse numa pauta de reivindicações como a redução do ICMS do diesel, a agenda das demais lideranças ultrapassavam as questões relacionadas aos caminhoneiros.
Antes mesmo de chegar ao fim, a greve perdeu força após caminhões com cargas de produtos essenciais voltarem a circular com escolta policial. Ainda assim, naqueles dias, após quase duas semanas, a categoria conquistou redução do ICMS de 17% para 12% em MS, além de 30% dos fretes da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e 10% de redução no preço do diesel pela Petrobras.