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Capital e 5 municípios ganham 'bandeira preta' e recomendação para lockdown

Capital e 5 municípios ganham 'bandeira preta' e recomendação para lockdown

17/07/2020 às 07h16 Atualizada em 17/07/2020 às 11h16
Por: RegiãOnline
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JONES MáRIO / CAMPO GRANDE NEWS

Centro de Campo Grande, movimentado mesmo em tempos de pandemia (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)

Campo Grande, Alcinópolis, Corguinho, Maracaju, Nioaque e Sidrolândia estão sob risco extrema para o novo coronavírus em Mato Grosso do Sul. Os seis municípios foram tingidos de preto no mapa do programa Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança na Economia).

A bandeira sinaliza o mais grave nível do programa de monitoramento. No caso, a recomendação é manter abertas apenas atividades consideradas essenciais (como alimentação, unidades de Saúde e postos de combustível), o chamado lockdown, a fim de garantir isolamento social e frear a curva de contágio pelo vírus. A faixa de risco ainda demanda melhorias na infraestrutura hospitalar.

Além de tomar a frente de Dourados no ranking de casos confirmados, Campo Grande, agora com 5.497 ocorrências da doença, também passou a liderar em número de mortes. São 49, segundo atualização de hoje (16) da SES (Secretaria Estadual de Saúde). O município ao Sul do Estado tem 46.

O governo sul-mato-grossense divulgou mapas atualizados do Prosseguir (veja todos na Galeria de Fotos) em transmissão ao vivo, nesta quinta (16), pelo titular da Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck.

Não temos no Estado nenhum município em grau baixo ou tolerável. Todos estão em grau médio, alto ou extremo', disse o secretário.

Além dos seis marcados com bandeira preta, Mato Grosso do Sul tem 59 municípios na zona vermelha e outros 14 na laranja.

Para os enquadrados na faixa vermelha, de alto risco, as recomendações são funcionamento apenas de atividades essenciais e baixo risco, além de realinhamento do fluxo de regulação de leitos de UTI, expansão da capacidade destes leitos e reforço às barreiras sanitárias.

Os municípios do nível laranja, de médio risco, devem permitir atividades essenciais, de baixo e médio risco de contaminação, bem como providenciar EPIs para a força de trabalho, ampliar sua capacidade de testagem e o rastreio de contatos de casos confirmados.

Segundo Verruck, os municípios receberão, hoje, relatórios com análises do Proesseguir sobre os indicadores de Saúde monitorados. O documento deve nortear as ações das prefeituras, que podem endurecer ou afrouxar medidas restritivas. Os relatórios serão emitidos a cada 15 dias.

Os dez indicadores de saúde que definem o grau de risco dos municípios consideram a disponibilidade de leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva), de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), busca por contatos de casos confirmados, redução da mortalidade por covid-19, disponibilidade de testes, incidência na população indígena, redução de casos entre profissionais da saúde, redução de novos casos, fronteira ou divisa com estado que tenha aumento de casos, e necessidade de expansão de leitos.

Após apelos da SES, Campo Grande antecipou o início do toque de recolher para 20h, com confinamento domiciliar obrigatório até 5h. A medida é a única restritiva à circulação de pessoas vigente na Capital.

Ontem, novo decreto determinou lockdown apenas aos fins de semana, na tentativa de dar fôlego aos hospitais. A ocupação global de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) já chega a 76% na macrorregião de Campo Grande.

De segunda a sexta, as atividades comerciais não essenciais devem funcionar com limitação a 30% da capacidade de atendimento, das 9h às 17h. O endurecimento das medidas é válido até o dia 31 de julho.

Programa - Como um semáforo, o Prosseguir classifica os municípios de Mato Grosso do Sul em escala que vai de risco extremo a baixo risco para o novo coronavírus. A iniciativa do governo estadual define recomendações de endurecimento ou flexibilização das medidas de enfrentamento à pandemia de acordo com o diagnóstico de cada cidade.

A metodologia do programa foi desenvolvida pelo governo do Estado em parceria com a OPAS (Organização Panamericana de Saúde), braço continental da OMS (Organização Mundial de Saúde).

O patamar vermelho fica uma casa acima do risco extremo, de cor preta. Cidades pintadas em laranja têm risco médio para a pandemia. Uma evolução leva ao patamar tolerável, de cor amarela. O ideal é atingir o risco baixo, ilustrado pela cor verde.

O programa é monitorado por um Comitê Gestor, formado colegiado de secretarias. O grupo se reúne uma vez por semana para análise e avaliação dos indicadores.

*matéria atualizada às 13h para acréscimo de informações.

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