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O dólar encerrou esta quinta-feira com a maior alta em mais de 14 anos, acima de 8 por cento e aproximando-se do patamar de 3,40 reais, depois de denúncias envolvendo o presidente Michel Temer que alimentaram percepções de que as reformas serão afetadas e, consequentemente, a recuperação da economia.
O dólar avançou 8,15 por cento, a 3,3890 reais na venda, maior alta desde 5 de março de 2003 (+10,4 por cento), logo no início do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O salto do dia acabou varrendo a baixa do dólar acumulada no ano até a véspera, de 3,45 por cento.
Na máxima do dia, o dólar foi a 3,4400 reais, mas num pregão que teve como característica o baixo volume por conta dos temores dos investidores.
O dólar futuro subia cerca de 8 por cento, a 3,40 reais no final da tarde, depois de ter atingido mais cedo a máxima para o pregão, a 3,4175 reais.
"Tudo o que está ruim ainda pode piorar, é incerteza absoluta", afirmou o gerente de tesouraria do Bank of China, Jayro Rezende.
O nervosismo pairou desde a abertura, tanto que os investidores evitaram tomar posições e o mercado à vista demorou a ter negócios. Diante disso, o Banco Central fez várias intervenções.
Na noite passada, o jornal O Globo noticiou que Joesley Batista, um dos controladores do frigorífico JBS, gravou Temer concordando com pagamentos para manter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso.
Assim que a notícia chegou ao Congresso, a oposição não perdeu tempo para pedir o impeachment de Temer. Especialistas afirmaram que o governo foi fortemente abalado e, assim, as reformas consideradas essenciais, sobretudo a da Previdência, para recuperar a economia serão afetadas.
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