“Nós não temos motivos para parar', diz presidente do sindicato dos caminhoneiros de MS
“Nós não temos motivos para parar', diz presidente do sindicato dos caminhoneiros de MS
18/02/2020 às 07h55Atualizada em 18/02/2020 às 11h55
Por: RegiãOnline
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ESTADãO CONTEúDO, FáBIO ORUê
Foto: Valdenir Rezende / Arquivo/ Correio do Estado
Informação sobre a greve dos caminhoneiros, marcada pela Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) para quarta-feira (19), não “chegou' em Mato Grosso do Sul, segundo o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens no Estado de Mato Grosso do Sul (Sindicam), Roberto Sinai.
Sinai disse que nenhuma recomendação foi repassado ao sindicato e que os caminhoneiros do Estado não irão aderir à paralisação. “Eu vi que tem algo acontecendo lá no porto de Santos [SP], mas não chegou nada aqui. E nós não temos motivos para parar', disse ele ao Correio do Estado.
O representante explicou que não há uma oferta grande de caminhões na rodovia e que uma paralisação dos profissionais do Estado não é viável. “Paralisação só acontece quando esgota todas as possibilidades de negociações com o governo, seja estadual, seja federal. Agora não tem oferta grande de caminhões;ainda tem pouca carga; a soja tá começando agora. Não acreditamos em uma paralisação agora', disse ele.
GREVE
Segundo o presidente da Abrava, Walace Landim, nova greve dos caminhoneiros marcada para a próxima quarta-feira, deve ocorrer em todo o Brasil, das 6h às 18h. A informação é que os motoristas estão sendo orientados a não criarem bloqueios nas rodovias.
A ideia inicial era permitir que a categoria pudesse acompanhar a votação que ocorreria no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da tabela do frete. Mas a votação foi suspensa a pedido da Advocacia Geral da União (AGU).
Uma reunião de conciliação foi agendada para o dia 10 de março pelo Ministro do STF, Luiz Fux. O adiamento da votação desagradou os caminhoneiros, que decidiram manter a paralisação em protesto. “A categoria vai parar na quarta-feira em resposta ao descaso do ministro (Fux), afirma Landim.
O sindicalista afirma que Fux não indicou quando o assunto voltará à pauta do Supremo. Trata-se do segundo pedido de adiamento de votação do tema feito pelo governo.
SANTOS (SP)
Um grupo de motoristas autônomos está fazendo uma paralisação nas imediações do porto de Santos (SP), no litoral paulista. Não há bloqueio de vias, de acordo com informações do jornal A tribuna, mas Alessandro Viviani, líder do movimento de greve, foi preso na manhã desta segunda-feira (17) durante protesto, pela polícia.
Os caminhoneiros estão parados desde a zero hora de hoje. Os manifestantes estão no canteiro central da avenida de acesso ao porto para quem chega pela Rodovia Anchieta, segundo a Administração Portuária. A previsão é de que a paralisação seja encerrada à meia-noite de hoje.
Ontem a Justiça proibiu que houvesse greve dos caminhoneiros no porto de Santos. A decisão, em caráter liminar, atende o pedido da Companhia Docas do Estado de São Paulo. Em um vídeo divulgado em redes sociais, caminhoneiros indicavam que bloqueariam o porto.
Na liminar, expedida pelo juiz Roberto da Silva Oliveira, as manifestações foram vetadas, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 200 mil. Os caminhoneiros estão impedidos de bloquear os acessos ao porto entre os dias 17 e 21 de fevereiro.
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