Por JD1 Notícias.com
Criada no mês de setembro, a CPI da Energisa em Rondônia é constituída pelos deputados: Alex Redano (Republicanos), que foi autor do pedido de criação da Comissão Parlamentar, Cirone Deiró (Podemos), Ismael Crispin (PSB), Jair Montes (PTC) e Edson Martins (MDB).
Os parlamentares disseram considerar estarrecedores alguns fatos que vieram à tona na reunião ordinária que entrou pela noite da última quarta-feira (16), quando o presidente do Ipem, Aziz Rahal Neto; o técnico especialista em metrologia, Tiago Cruz de Lima; a procuradora do instituto, Mara Lucia da Silva Sena; o procurador do Estado, Sávio Jesus Gonçalves e o ex-diretor técnico Kleber Ihida foram convidados a participarem do debate.
Ilegalidade?
Em nota, comunicação da Energisa no Tocantins confirmou que mantém contrato de prestação de serviço com o Ipem ou outros órgãos autorizados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), referências em todo o país nessa atividade com o objetivo de "preservar a lisura e a transparência do trabalho de aferição dos medidores da energia elétrica, que é direito dos clientes".
A Energisa disse ainda que o contrato é público e o preço da taxa de serviços metrológicos definido na lei federal 9.933/99 é o mesmo praticado por qualquer cidadão brasileiro que possua contrato com o Inmetro/Ipem e completou: "O processo de distribuição de energia é fortemente regulado em todo o Brasil e os contratos e equipamentos usados aferidos pelos órgãos responsáveis".
Alex Redano (Republicanos), presidente da CPI, explica que o Ipem não faz perícias e nem emite laudos e sim um relatório e que esse documento estaria sendo utilizado pela Energisa contra consumidores para cobrar valores considerados absurdos, alegando suposta adulteração nos relógios. Redano questionou essas cobranças e disse que saiu com dúvidas, pois não foi esclarecido se os medidores marcam mesmo o consumo real.
O deputado Edson Martins (MDB) lembrou que é admitida uma margem de erro de 1,3% nos relógios medidores de consumo, mas questionou a devolução para a Energisa dos aparelhos que medem 40% a mais. “Nesse caso o consumidor fica dependendo da boa-fé da empresa, a partir do momento que é constatado o gato”, acrescentou.
Sobre a CPI, o deputado Jair Montes (PTC) disse que pretende apresentar o relatório final ainda este ano, entre os dias 6 a 10 de dezembro. Os trabalhos da comissão começaram a avançar e já há, segundo Jair, uma definição para convocar os presidentes da ANEEL e da Energisa.
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