Por G1
Os atentados foram registrados na capital, Colombo, e nas regiões de Katana e Batticaloa. De acordo com a polícia do Sri Lanka, os casos ocorreram por volta das 8h45 (0h15, no horário de Brasília) em três hotéis e três templos religiosos que realizavam missas. Mais tarde, outras duas explosões foram registradas na capital.
Segundo uma fonte ouvida pela AFP, todas as mortes ocorreram em igrejas: 64 delas em um templo na capital, 67 em Katana e 25 em Batticaloa. Ainda segundo essa fonte, 254 pessoas foram hospitalizadas em Colombo e outras 60 nas localidades que foram atacadas fora da capital. Nenhum grupo reivindicou autoria das ações até o momento.
O que se sabe até agora
Parentes de vítimas choram perto de igreja no Sri Lanka — Foto: Dinuka Liyanawatte/Reuters
Por volta das 14h15 no horário local, uma nova explosão foi sentida em um outro hotel na capital do país. A agência France Presse cita fontes policiais para informar que mais duas pessoas morreram no ataque. Depois, houve mais um registro de explosão na periferia da cidade, mas ainda não há informações sobre vítimas.
Investigação
O primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, convocou uma reunião do conselho de segurança nacional em sua casa para o final do dia. "Eu condeno veementemente os ataques covardes contra nosso povo hoje. Eu chamo todos para permanecerem unidos e fortes", postou no Twitter.
O presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, pediu calma ao país. "Por favor, fiquem calmos e não sejam enganados por rumores", declarou Sirisena, em mensagem à nação.
Sirisena, que se mostrou "em choque e triste com o que ocorreu", esclareceu que "as investigações estão em curso para descobrir que tipo de conspiração está por trás destes atos cruéis".
O governo impôs um toque de recolher no país. O governo também decretou um bloqueio temporário das redes sociais para impedir a difusão de mensagens falsas sobre os atentados. "O governo decidiu bloquear todas as plataformas de redes sociais com o objetivo de impedir a propagação de informações incorretas e falsas. Trata-se de uma medida temporária", anunciou a presidência, em um comunicado.
Atentados desta magnitude não aconteciam no no Sri Lanka desde a guerra civil entre a guerrilha tâmil e o governo, um conflito que durou 26 anos e terminou em 2009 e deixou, segundo dados da ONU, mais de 40 mil civis mortos.
O último deles foi em 2018, quando o governo teve que declarar estado de emergência após confrontos entre muçulmanos e budistas. No Sri Lanka, a população cristã representa 7%, enquanto os budistas são cerca de 70%, de acordo com o Censo feito em 2012.
Sapato de vítima em frente a igreja no Sri Lanka — Foto: Dinuka Liyanawatte/Reuters
Reações
As igrejas cristãs na Terra Santa expressaram seu pesar após os atentados. "Que difíceis, irritantes e tristes são estas notícias, especialmente porque os ataques aconteceram enquanto os cristãos comemoravam a Páscoa", lamentou o assessor de líderes da Igreja na Terra Santa, Wadie Abunassar.
Explosões deixaram centenas de mortos no Sri Lanka durante comemorações de Páscoa — Foto: Rodrigo Cunha/G1
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