Eleição interna do PT divide nomes históricos e planos de Zeca para 2018

Filiados do Partido dos Trabalhadores vão às urnas no próximo domingo (9) para definição das chapas estaduais que vão eleger os delegados que escolherão o próximo presidente regional da sigla. O atual dirigente, Antônio Carlos Biffi, tem planos diferentes para o ex-governador e deputado federal Zeca do PT, que não gostou da proposta do colega.

“Teremos candidatura própria (em 2018). E o Zeca, nossa estrela maior, é o nome para o governo. Precisamos construir uma terceira via”, afirmou Biffi.

Já o ex-governador frisou que o atual presidente do PT em Mato Grosso do Sul não está ‘credenciado’ para essa avaliação. Zeca não abre mão de disputar uma das vagas ao Senado nas próximas eleições, mas revela que a decisão final virá após uma conversa com o ex-presidente Lula.

“O Biffi não vai me reduzir e fazer comigo o que fez com o Alex (ex-vereador Alex do PT) na disputa de Campo Grande. Todo mundo sabia que aquilo (eleição para prefeito em 2016) seria um desastre, uma candidatura isolada. O Biffi quer brincar com o PT e me tirar de uma candidatura, de um páreo que eu posso de fato disputar e passar para outro”, disparou Zeca.

Enquanto Zeca já afirmou que pretende construir uma terceira via com a família Trad, para disputar o governo em 2018 contra o PSDB de Reinaldo Azambuja e o PMDB de André Puccinelli, Biffi aponta outros possíveis aliados, e descarta, por exemplo o prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD).

“Ele (Marquinhos) não é diferente do Azambuja ou do André, diferente para nós é o Bernal (ex-prefeito Alcides Bernal, PP), o PDT, o PCdoB”, disse Biffi.

O PED (Processo de Eleições Diretas) do próximo domingo é importante na estrutura interna do PT, já que a chapa com maior número de votos terá mais delegados com poder de decisão no congresso da legenda que definirá, em maio, a direção estadual da legenda.