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‘De mulher para mulher’: Patrulha Maria da Penha leva segurança às vítimas de violência doméstica

‘De mulher para mulher’: Patrulha Maria da Penha leva segurança às vítimas de violência doméstica

09/03/2019 às 16h20 Atualizada em 09/03/2019 às 20h20
Por: RegiãOnline
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MIDIAMAX / MARIANE CHIANEZI

Foto: Mariane Chianezi/Jornal Midiamax

Quando uma mulher decide dar um basta à violência psicológica e física sofrida pelo companheiro, muitas acabam ficando com medo do que pode vir depois. Dando o primeiro passo e denunciando, as vítimas têm a garantia do amparo da Patrulha Maria da Penha, que leva segurança a elas há 4 anos em Campo Grande.

A nova reportagem do Jornal Midiamax na série especial sobre o Dia Internacional da Mulher foi até a central de Patrulha Maria da Penha da Guarda Civil Municipal, localizada na Casa da Mulher Brasileira, e conversou com algumas das integrantes do projeto.

“Lidando de mulher para mulher acaba fazendo com que seja mais fácil a elas', é assim que Nélis Braúna, de 35 anos sendo 10 dedicados a segurança pública, define a importância das integrantes mulheres na equipe. A sensibilidade de se colocar no lugar das vítimas e se tornar uma figura feminina de autoridade em que podem confiar, acaba sendo ‘ferramentas’ essenciais no trabalho.

A vontade de ser Guarda Municipal surgiu da vontade de ajudar o próximo e, há dois anos na Patrulha, Nélis se diz realizada por estar prestando auxílio às mulheres que decidiram não se calar.

Ela explica que a Patrulha Maria da Penha promove a segurança às vítimas em todos os sentidos. Muitas vezes por receio de denunciar e correr o risco de sofrer mais violência depois, ela pontua que o projeto está sempre a posto para dar segurança às denunciantes.

“Quando a mulher sai daqui depois de denunciar, como ela tem a garantia de que aquele papel [boletim de ocorrência] vai trazer segurança a ela? É aí que a Patrulha entra. Trabalhamos com monitoramento, fiscalização e atendimento 24h para essas vítimas', explica.

Na Patrulha Maria da Penha desde a inauguração, em fevereiro de 2015, Valdilene Rodrigues, de 28 anos, diz que o projeto de segurança pública garante para as vítimas que o sistema funciona e que elas podem se sentir seguras ao denunciar.

Lidando com casos de violência doméstica há dois anos desde que entrou na patrulha, Nélis ainda diz que sempre se depara com situações de comoção. “Há mães que são agredidas por filhos, de mulheres que aguentaram 20 ou 30 anos violência dentro casa, mas normalmente os casos que envolvem crianças são os que mais me comovem, até porque sou mãe', comentou.

Composta por 30 guardas municipais, sendo 10 mulheres comandantes das viaturas, a Patrulha Maria da Penha realiza, em média, 30 visitações por dia. O reflexo do intenso trabalho se dá nos números: desde o ano de criação, até dezembro de 2018, a Patrulha fez mais de 21 mil atendimentos.

Não se trata apenas de trabalho, mas também a preocupação com a integridade das vítimas. “Às vezes a gente vai até as casas dessas vítimas e quando não as encontramos, ligamos. Aí perguntamos se elas estão bem, se estão precisando de alguma coisa, se querem que a gente a visitem no trabalho. E estamos à disposição delas 24h por dia, principalmente nos casos de quebra de medida protetiva', contou Nélis, pontuando que, nesses casos, a Patrulha age imediatamente deslocando a viatura mais próxima ao local solicitado.

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