Movimento denominado Universidade Livre publicou nota em sua página na internet cobrando a reitoria da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) pela reintegração de posse do prédio onde funciona vários setores administrativos da Instituição de ensino.
O local foi ocupado por dezenas de estudantes na quarta-feira passada, dia 9 de novembro, após assembleia. Os manifestantes são contrários a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 55 – antiga 241 – que tramita no Senado e congela os investimentos públicos no país por 20 anos.
No entender do Universidade Livre, a "democracia se faz pela vontade da maioria e nunca deve ser vetado o direito de manifestação livre, porém nosso movimento considera que a forma como foi deliberada esta ação foi ilegítima e manipulada deliberadamente para não ouvir a maioria dos alunos garantindo, assim uma ação política que atende interesses de um grupo ideológico", diz trecho do material [veja o texto abaixo na íntegra].
A nota, publicada em forma de repúdio’, alega ainda que a ocupação traz prejuízos a toda a comunidade acadêmica, ‘que precisa do funcionamento pleno da unidade I da UFGD’.
No dia seguinte a ocupação, a Universidade encaminhou nota onde alegou que buscaria o diálogo com os manifestantes e descartou, naquele momento, o pedido de reintegração de posse do prédio.
Vestibular
O vestibular da UFGD, agendado para o próximo final de semana não será afetado por conta da ocupação.
A entidade esclareceu por meio de nota que o processo será mantido e o ensalamento foi disponibilizado aos candidatos que disputam as vagas na federal da Grande Dourados. Para acessar, basta clicar aqui. A prova acontece no domingo (20).
Leia nota na íntegra:
"O Movimento Universidade Livre vem se declarar contrário a esta ocupação, por alguns alunos, do prédio da reitoria da UFGD e solicitar que a administração da universidade realize os esforços para viabilizar a reintegração de posse.
A democracia se faz pela vontade da maioria e nunca deve ser vetado o direito de manifestação livre, porém nosso movimento considera que a forma como foi deliberada esta ação foi ilegítima e manipulada deliberadamente para não ouvir a maioria dos alunos garantindo, assim uma ação política que atende interesses de um grupo ideológico que acredita que a maioria da sociedade são inimigos em uma guerra em que vale tudo.
Consideramos que ainda que esta fosse a vontade da maioria dos alunos a ocupação, da forma como está sendo conduzida, traz vários prejuízos à comunidade que precisa do funcionamento pleno da unidade 1 da UFGD. Ainda que o movimento alegue que deu acesso à reitoria para algumas ações, não entenderam que essas ações demandam de mais liberdade e são mais complexas do que parecem aos ocupantes. Esta ocupação pode, por exemplo, prejudicar o vestibular, o pagamento de bolsas aos alunos vulneráveis e até o salário dos servidores, caso se mantenha até a data em que o movimento de ocupação pretende (votação da PEC55).
Se por um lado a ocupação traz vários transtornos à comunidade, por outro não tem nenhum poder político para convencer a atenderem suas reivindicações, já que todos sabem que ela não representa a maioria. Não é sitiando a reitoria que se vai conseguir sensibilizar o poder público à causa proposta.
Assim, entendemos que esta ocupação apenas divide uma comunidade que poderia estar unida contra eventuais decisões de governo prejudiciais à sociedade e lutando por uma universidade melhor.
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