RIO BRILHANTE EM TEMPO REAL
(Foto: Olimar Gamarra)
“Ele levantou a vóz para mim”. Maria de Lourdes Barbosa, mãe de Maiana Barbosa de Oliveira(20) assassinada junto com a filha Dandara de um mês de vida domingo a noite em Dourados, falou com o radialista e jornalista Olimar Gamarra nesta quarta-feira (28) durante entrevista no programa Direto ao Ponto na Rádio Kativa FM de Rio Brilhante.
Durante a entrevista, Maria que sofre de problemas de saúde, disse que recentemente Marcos Fioravante Neto(22) esteve na casa dela, logo após Maiana ter dado a luz ao bebê, filha de Marcos. Ele disse que presenciou uma discussão entre o casal e Maiana começou a chorar ao sair em defesa da filha, Marcos teria levantado a voz para a sogra.
Maria de Lourdes diz que pediu para uma tia de Marcos leva-lo para Dourados, pois não queria mais ele em sua casa, haja vista que Maiana estava muito fragil devido ao parto.
Quando perguntada se ele era carinhoso com Maiana, a mãe diz que sim. “Ele beijava a barriga dela, durante a gravidez, a chamava de Mai, dava pra ver que eles se amavam”
A mãe lembra que no domingo por volta das 12h falou com a filha por telefone, ela estava na casa de Marcos em Dourados onde horas mais tarde seria morta a facadas com a filha.
“Ela estava normal, nao percebi nada errado. A unica coisa que parece que ocorreu é que tinha uma amiga com ela la e ele queria ficar sozinho com a Maiana e a Dandara” diz a mãe, sem lembrar quem é essa amiga da filha.
Infrmou que Maiana saiu de casa em Rio Brilhante na sexta-feira para ir a Dourados regularizar um cartão e como sempre fazia ficou na casa de Marcos que morava com a mãe dele.
A mãe que chora a perda da filha clama por justiça e doz que não sabe como será a vida daqui para frente.
“Tudo o que eu tinha era ela. Tomo remédios e ela cuidava de mim. Estava com planos de arrumar a nossa casa com dinheiro do trabalho dela na usina. Minha filha era meu orgulho e sempre vai ser”
A mãe disse que o nome da neta foi Maiana quem escolheu após pesquisar na internet e descobrir que Dandara simboliza a luta de uma mulher por igualdades.
Maria falou sobre um livro que Maiana estava lendo poucos dias antes de morrer que fala sobre o enfrentamento das mulheres negras a violência de gênero e as lutas por dias melhores.
“Guerreira. Essa é a palavra para resumir quem foi Maiana, estou tendo forças para suportar a perda dela e da minha neta porque sei que ela está ao lado de Deus”, diz Maria.
Sobre falar com a polícia que investiga o caso ela diz estar pronta para o depoimento. ” A hora que a Polícia me chamar eu vou. Quero que ele pague pelo crime que cometeu, quero justiça”.
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