Por/ MIDIMAX
(Foto: Itaporã News)
A ventania que atingiu Itaporã – cidade a 225 quilômetros de Campo Grande – registrou rajadas de vento de até 106 km/h, mas não chegou a ser classificada como tornado. De acordo com a especialista em meteorologia do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul) Franciane Rodrigues, em ventos de até 119 km/h, o evento meteorológico é chamado de “vento tempestuoso ou vendaval muito forte”, seguindo a Escala de Beaufort, padrão de classificação da Defesa Civil Nacional.
Segundo Franciane, a escala é de suma importância para comparar a velocidade dos ventos com possíveis eventos já catalogados, mas não poder ser a única avaliação para definir se é um tornado.
“Houve ventos muitos fortes com acumulados significativos na região, conforme estação Meteorológica da Semagro/INMET. Porém, segundo a Defesa Civil do município, não há relatos de estragos, a não ser o alagamento no centro da cidade, que ainda segundo o coordenador da Defesa Civil, é normal quando chove muito na região. Não há, na escala, enquadramento para “tornado” nesse evento, e sim, uma condição de tempo severo apenas. Para ser classificado como “tornado” são necessárias mais informações e outro fatores”, explica a especialista.
Os ventos fortes ocorridos entre às 12h e 13 horas, da última terça-feira (23), chamaram a atenção e, rapidamente, passaram a serem chamados de tornado em redes sociais.
Ainda na terça, o meteorologista da Estação Meteorológica Uniderp, Natálio Abrahão Filho, afirmou que embora o evento tivesse características de tornado, ainda seria necessário ter a análise da rotação do vento para confirmar se era um “tornado de fraca intensidade”.
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