Por IZABELA JORNADA
Divulgação/Fetems
Familiares da professora Maria Ildonei de Lima Pedra, 70 anos, que foi encontrada morta em sua casa, desconfiam de que ela foi vítima de ritual satânico. A suspeita foi motivada devido o cenário em que ela foi achada. Cálice de vinho foi encontrado no local do crime e crucifixo de cabeça para baixo foi colocado no tórax da vítima, após ser morta.
Até o momento, não foi comprovado que pertences da professora tenham sido roubados. Um dos familiares, que não quis ter o nome divulgado, disse que a professora era muito religiosa e que não tinha intrigas com ninguém. “Ela era muito querida e mesmo sendo militante, ela era pacífica. Tá tudo muito estranho, não levaram nada e a maneira como ela foi morta, taça com vinho e crucifixo, parece ritual”, afirmou um dos familiares.
A professora morava sozinha e tinha três filhos. Ela foi encontrada morta, na noite de sábado (1), porém, de acordo com familiares, a única parte que estava, aparentemente revirada, era o guarda-roupa. A vítima estava de pijama em casa, localizada no Jardim Leblon, em Campo Grande.
A autópsia foi feita ontem (2) e investigador Osni Martins disse que ainda não conseguiram solucionar o caso. “Estamos procurando mais informações, estamos investigando ainda, perguntando para vizinhos e parentes”, afirmou.
A VÍTIMA
Militante histórica da educação e dos direitos das mulheres, Maria Ildonei compôs a diretoria da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) por aproximadamente 20 anos. Exerceu o cargo de secretária-geral adjunta por dois mandatos.
De acordo com a presidente em exercício da Fetems, Sueli Veiga Melo, a professora foi achada já sem vida na cozinha de sua casa, por um filho, no início da noite de sábado. “O portão estava aberto, mas a casa fechada”, conta.
Mesmo de fora da direção da Fetems, a professora colaborava no hotel da entidade. “Sempre foi muito participativa, muito ativa. Trabalhava o dia inteiro no hotel”, continua Sueli Melo.
Maria Ildonei era irmã de Maria José de Lima, a professora Zezé, que morreu em julho deste ano. Zezé também militava na educação e foi vereadora pelo município de Camapuã.
A vítima já foi enterrada no cemitério Jardim das Palmeiras na manhã desta segunda-feira (3).
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