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Líder do PCC ordenou ao menos duas decapitações na Capital

Líder do PCC ordenou ao menos duas decapitações na Capital

05/05/2018 às 00h21 Atualizada em 05/05/2018 às 04h21
Por: RegiãOnline
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Líder do PCC ordenou ao menos duas decapitações na Capital

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Foto: Clayton Neves

 

A ordem para matar Rudnei Silva, decapitado a mando do PCC (Primeiro Comando da Capital), em outubro do ano passado, em Campo Grande, partiu da mesma liderança que determinou a morte por decapitação deJosé Carlos Louveira Figueiredo de 41 anos, que foi sequestrado de uma clínica de reabilitação junto com o filho. A informação foi repassada na tarde de ontem após o depoimento de 14 testemunhas em uma das audiência do julgamento de Silva.

Testemunhas relataram que a ordem para ambas execuções partiu de Milton, uma liderança do PCC conhecida como ‘Pezão’. O criminoso cumpre pena na Máxima, em Campo Grande, e é apontado como o “Disciplina” da facção. No Tribunal do Crime, ‘Pezão’ é o juiz que decide quem deve ou não morrer.

Pelo menos 14 testemunhas de defesa e de acusação foram ouvidas. Todas confirmaram as condições em que a morte de Rudnei aconteceu. O seu corpo foi encontrado em uma casa no bairro Santa Emília, enrolado em um cobertor com a cabeça ao lado. O julgamento foi feito neste imóvel. Ao ser ‘condenado’ pelo grupo, o jovem foi levado até o banheiro, amarrado e deitado no chão, onde foi assassinado. Uma adolescente de 17 anos também teria participado da execução, que teria acontecido por causa de uma guerra entre as facções do PCC e CV (Comando Vermelho).

Um forte esquema de segurança foi montado nesta sexta-feira no plenário do Tribunal do Júri para audiência dos sete acusados de envolvimento na morte de Rudnei. O juiz titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Carlos Alberto Garcete de Almeida, solicitou uma escolta para cada acusado e Policiais Militares e do Batalhão de Choque estão no local.

Céuzinho

José Figueiredo foi morto e seu corpo, com os pés e mãos amarrados, foi abandonado na cachoeira do Céuzinho, em Campo Grande. O seu filho foi liberado depois de um julgamento feito por meio de videoconferência.

José e mais dois filhos adolescentes foram internados em uma clínica de recuperação, quando no dia 18 de janeiro três homens invadiram o local e levaram amarrados o pai e um dos filhos. O adolescente contou que ele e José foram levados a quatro imóveis diferentes em vários pontos da cidade, sempre amarrados e agredidos com socos e chutes, permanecendo nas mãos dos autores por aproximadamente cinco dias, sendo vigiados a todo o momento por pelo menos seis pessoas.

Após este período, foi dada ordem pelo PCC que José fosse executado e o garoto, liberado. A vítima estava sendo acusada de comercializar drogas para a facção criminosa rival, o CV (Comando Vermelho).

Ainda segundo o relato, os dois foram levados até um local desconhecido quando José foi retirado do carro e executado a tiros. O adolescente disse ter ouvido os disparos. Ele ainda afirmou ter sido ameaçado de morte, caso relatasse o que havia acontecido a alguém.

 

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