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Ônibus de caravana de Lula no PR são atacados por tiros

Ônibus de caravana de Lula no PR são atacados por tiros

29/03/2018 às 09h35 Atualizada em 29/03/2018 às 13h35
Por: RegiãOnline
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Folha Press

 

Imagens: Folha Press

 

QUEDAS DO IGUAÇU E LARANJEIRAS DO SUL, PR (FOLHAPRESS) - Dois dos três ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram atingidos por quatro tiros na noite desta terça-feira (27), no Paraná.

Um dos veículos, que era ocupado por jornalistas e era o último do comboio, teve duas perfurações na lataria —dos dois lados. Outro tiro atingiu de raspão um dos vidros. Ninguém se feriu.

O outro ônibus atingido por um tiro levava convidados e estava no meio da comitiva —onde geralmente segue o veículo do ex-presidente.

Lula reagiu ao ataque dizendo que seus opositores não vão pará-lo. "Podem atirar pedra. Deem tiro no ônibus como deram hoje. Se pensam que com isso vão acabar com minha disposição em lutar, estão enganados", disse o ex-presidente.

"Querem matar? Mataram Tiradentes. Salgaram a carne e penduraram nos postes, mas eles não mataram a ideia libertária da independência", afirmou o petista.

Um dos pneus do ônibus que levava os jornalistas foi ainda furado por ganchos de metal pontiagudos lançados na estrada por opositores do ex-presidente.

Foi apenas quando o ônibus parou que os jornalistas que estavam no ônibus perceberam que havia perfurações na lataria.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que a caravana foi "vítima de uma emboscada". "Poderiam ter matado o presidente Lula, que é esse o objetivo dessa gente", afirmou.

O ataque ocorreu na saída da cidade de Quedas do Iguaçu, no Paraná, quando a caravana seguia para Laranjeiras do Sul. Pouco antes, Lula havia feito um comício no qual prometeu recriar o Ministério do Desenvolvimento Agrário e a legalizar os quilombolas. A cidade é cercada por assentamentos, em uma região que concentra 8.000 famílias.

O coordenador da caravana, Márcio Macedo, informou que ainda vai apurar detalhes do ataque, mas já disse que se algo acontecer ao ex-presidente ou a qualquer integrante da comitiva "será responsabilidade" do presidente Michel Temer, do ministro de Segurança Pública, Raul Jungmann, e do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB).

O trecho do Paraná foi o único em que a caravana não foi escoltada por policiais militares. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, os ônibus foram acompanhados pela polícia militar estadual e pela Polícia Rodoviária Federal.

Gleisi disse que, após o ataque desta terça, os organizadores procuraram Jungmann pedindo reforço. Eles também registraram boletim de ocorrência.

A caravana do petista tem sido alvo de protestos em praticamente todas as cidades pelas quais passou nos últimos dias, na região Sul.

No domingo (25), em São Miguel do Oeste, Santa Catarina, manifestantes contrários ao petista receberam os ônibus com ovos e pedras —a janela da frente do ônibus em que estava Lula acabou quebrada. Mais tarde, enquanto o petista falava ao público, o palanque voltou a ser alvo de ovos.

​HELICÓPTERO

A Polícia Civil do Paraná informou que uma equipe da delegacia de Laranjeiras do Sul foi ao local onde está a caravana e que será feita uma perícia no ônibus. Se constatado um disparo de arma de fogo, disse, será aberto um inquérito policial para apurar os fatos.

Segundo a Secretaria da Segurança do Paraná, o ex-presidente não estava no ônibus e chegou de helicóptero ao local.

A Polícia Militar do Paraná afirmou que reforçou o policiamento nos locais de manifestação pré-determinados junto à comitiva do ex-presidente.

Segundo a secretaria, não houve, por parte do ex-presidente, o pedido de escolta.

Nesta terça (27), a PM do Paraná havia negado pedido da coordenação da caravana para aterrissagem de um helicóptero no campo da polícia na cidade de Quedas do Iguaçu, onde o petista participou de um evento sobre reforma agrária.

A solicitação foi recusada pelo responsável pelo comando Regional da Polícia Militar do Paraná, em Cascavel, comandante Washington Lee Abe, que assumira provisoriamente a PM de Quedas do Iguaçu.

Esse é o mesmo coronel que causou polêmica ao criticar publicamente a comoção em torno no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).

Com a recusa do coronel, a organização da caravana teve que pedir autorização a um centro de exposições — e obteve. Mas, como as fortes chuvas impediram a decolagem do helicóptero, Lula teve que embarcar em um avião para pouso na cidade de Pato Branco, vizinha a Quedas do Iguaçu.

 

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