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Professora encontra perereca em salada de pote comprada em SP: 'Surreal'

Professora encontra perereca em salada de pote comprada em SP: 'Surreal'

23/03/2018 às 23h25 Atualizada em 24/03/2018 às 03h25
Por: RegiãOnline
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G1

E se eu tivesse comido?". A pergunta é da professora Andressa Diniz, de 32 anos, que ainda se recupera do susto por ter encontrado uma perereca em meio a uma salada de pote comprada em um supermercado em Santos, no litoral de São Paulo. A fabricante do produto disse à cliente que vai apurar o que houve.

Andressa encontrou o animal durante um jantar com o marido, na quarta-feira (21). "Sempre escolhemos a salada dessa marca e nunca tivemos problema. Ele havia comprado no mesmo dia e trouxe para casa. Fiz tudo como o habitual: abri o pote, coloquei o molhinho que vem junto e comecei a comer normalmente".

A professora conta que já havia consumido metade da salada, quando notou algo errado. "O sabor estava normal. Não senti nada de diferente. Mas vi um negocinho estranho, e logo passei para o meu marido ver. Eu não olhei, com medo, até que ele gritou: 'meu Deus, é um sapo'. Eu falei em seguida: 'vê se ele está inteiro'".

Animal foi encontrado enquanto ela comia salada no jantar em Santos, SP (Foto: Arquivo Pessoal)Animal foi encontrado enquanto ela comia salada no jantar em Santos, SP (Foto: Arquivo Pessoal)

Animal foi encontrado enquanto ela comia salada no jantar em Santos, SP (Foto: Arquivo Pessoal)

Para a tranquilidade momentânea de Andressa, a resposta foi positiva. "Meu medo era ter comido alguma parte. Na hora, eu comecei a ter vontade de vomitar. Sei que foi algo psicológico, mas a gente fica impressionada. Eu fiquei bastante indignada. Foi surreal. Não esperava passar por isso nunca", comenta.

O animal, que já estava morto, assustou até os filhos da professora. "Meu marido até brincou que se nós mostrássemos, eles jamais iriam querer comer salada novamente. Mas acho importante, para eles se preocuparem sempre com a comida que não é feita em casa. No trabalho, eu já virei até a 'tia do sapo'".

A moradora de Santos postou o caso em uma rede social e a publicação viralizou. Tanto o supermercado como a marca entraram em contato com ela para entender o que aconteceu. "Me ofereceram até um kit de salada, mas confesso que, depois disso, eu não tenho condições de comer mais salada. Tem que passar um tempo".

Marca entrou em contato com cliente após o ocorrido (Foto: Arquivo Pessoal)Marca entrou em contato com cliente após o ocorrido (Foto: Arquivo Pessoal)

Marca entrou em contato com cliente após o ocorrido (Foto: Arquivo Pessoal)

Uma representante do supermercado Don Constatim, localizado no bairro Gonzaga, afirmou que o estabelecimento já entrou em contato com o revendedor da marca Ateliê do Sabor. "Não fomos nós que fabricamos. Compramos o produto pronto e revendemos, mas já falamos com a empresa para as providências sobre o caso".

O produto foi adquirido por R$ 13,99, conforme nota fiscal apresentada pela compradora. O G1 também procurou a fabricante da salada, cuja empresa é controlada pelo grupo francês Norac que é focado no mercado de alimentos prontos, mas a companhia não se posicionou até a última atualização desta reportagem.

"Olha, eu ainda não sei o que vou fazer. Me recomendaram fazer um boletim de ocorrência e até processar a fabricante. Mais pelo fato disso não poder acontecer. Erros acontecem, mas esse foi bem grave. Fica a lição agora de redobrarmos a atenção de tudo que compramos e consumimos", desabafa a professora.

Professora encontrou perereca em salada comprada em Santos, SP (Foto: Arquivo Pessoal)Professora encontrou perereca em salada comprada em Santos, SP (Foto: Arquivo Pessoal)

Professora encontrou perereca em salada comprada em Santos, SP (Foto: Arquivo Pessoal)

Perereca

 

Apesar de o marido de Andressa ter gritado que havia encontrado um sapo, o biólogo Alex Ribeiro, responsável pelo Aquário de Santos, identificou que o animal achado no pote de salada trata-se de uma perereca. Ao consultar especialistas, eles a identificaram como pertencente a gênero Scinax, comum no estado.

"São mais de 450 espécies só no Estado de São Paulo, então não é tão simples identificar. Mas posso afirmar que essa não possui veneno", afirmou o biólogo, que analisou as imagens registradas pela professora. As suspeitas dele foram corroboradas pela bióloga e oceanógrafa Ana Carolina Fornicola e pelo biólogo Eric Comin.

 

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