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Joaquim Padilha
A CGE-MS (Controladoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul) instaurou uma comissão processante para investigar quatro contratos do Governo do Estado para pavimentação da MS-430. Os contratos, avaliados em mais de R$ 73 milhões, foram alvos da Operação Lama Asfáltica.
Executada pela Proteco, principal empresa da organização de João Amorim, a pavimentação, iniciada em 2012 compreendia um trecho de 54 quilômetros da rodovia entre os municípios de São Gabriel do Oeste e Rochedo, passando em frente à Fazenda Vista Alegre.
Informações contidas em um relatório da Polícia Federal e CGU (Controladoria Geral da União) apontam que a propriedade pertenceria a Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano, supostamente em sociedade com o ex-secretário de Obras Edson Giroto, seu irmão Fernando Giroto, e o servidor público João Afife Jorge.
A fazenda foi registrada no nome de Mariane Mariano de Oliveira, filha de Beto Mariano. Atualmente, o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Paranaíba é empregado do governo do Estado como fiscal de obras da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), com salário de R$ 20,5 mil.
Esta não é a primeira vez que o governo de Mato Grosso do Sul investiga obras alvo da Lama Asfáltica. Em maio de 2016, foi criado um Comitê Estadual Temporário de Apuração de Denúncias, com foco em apurar denúncias relativas às investigações da Polícia Federal.
O Comitê encerrou suas atividades em julho do último ano, sem tornar públicas suas resoluções. Na Operação Lama Asfáltica, mais de R$ 200 milhões em pagamentos por obras em rodovias do Estado foram analisados, dos quais 20% teriam sido superfaturados.
As novas investigações da comissão processante da CGE-MS serão presididas pelo auditor do Estado, Natalino de Almeida, e devem apresentar conclusões num prazo de 90 dias, conforme a resolução publicada nesta terça-feira (27) pela Controladoria.
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