Metrópoles/DA // Foto: Gabriel Cardoso
Em busca do apoio popular para a aprovação da reforma da Previdência, o presidente Michel Temer compareceu ao Programa do Ratinho, do SBT, na noite desta segunda-feira (29). Durante entrevista, o emedebista disse que, “sem a reforma, a Previdência quebra.”
Durante a fala na atração apresentada por Ratinho, Temer voltou a afirmar que a reformulação da Previdência Social é uma medida necessária e que “trará grande benefício ao país”. “É como se fosse a reforma de uma casa. No início tem sujeira, bagunça, mas depois se transforma em uma casa maravilhosa”, disse o chefe do Executivo federal.
Michel Temer também alegou que a proposta afetará, principalmente, os trabalhadores com remuneração mais alta e que, para quem ganha até três salários mínimos, “não vai mudar nada”. O presidente afirmou ainda que a votação do projeto “não pode passar de fevereiro” e que “já negociamos tudo o que foi possível [com o Legislativo]”.
Novo mandato?
Questionado por Ratinho sobre a possibilidade de uma tentativa de reeleição, o emedebista brincou que iria lançar o apresentador como candidato e esquivou-se. “Este não é um momento oportuno. Quero ficar gravado na história como alguém que recuperou o país”, disse. Por fim, se comprometeu a iniciar uma reforma tributária se a da previdência for aprovada.
Durante a entrevista, Ratinho elogiou o presidente e disse ter uma relação próxima com ele. As aparições em programas de TV fazem parte de uma estratégia do Palácio do Planalto para aumentar o índice de popularidade da reforma da Previdência, o que facilitaria a aprovação do texto no Congresso Nacional. A previsão é de que o tema seja votado na Câmara dos Deputados no dia 19 de fevereiro.
Nesta segunda-feira (29/1), o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (PMDB-MS), admitiu que o Planalto ainda não possui os votos necessários para aprovar a matéria, mas disse estar otimista.
“Ao mesmo tempo em que ainda não temos esses votos, e eu não minto, então não mentiria a respeito disso, nós vivemos uma situação que é a melhor desde maio de 2017, quando iniciou aquela conspiração que buscava derrubar o presidente e fez como principal vítima essa necessária reforma”, afirmou o ministro.
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