Quatro macacos encontrados mortos em Aparecida do Taboado, a 456 quilômetros de Campo Grande, acendeu o sinal de alerta em relação à suspeita de febre amarela na região do Bolsão. Na divisa com Mato Grosso do Sul, três pessoas já morreram de febre amarela no estado de São Paulo e 32 em Minas Gerais.
Em entrevista ao site Perfil News, a enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Aparecida do Taboado, Eugênia Paiva, disse por telefone que a morte dos quatro animais aconteceu em áreas rurais de Aparecida do Taboado.
O primeiro caso aconteceu há aproximadamente 15 dias, quando a dona de uma fazenda encontrou três macacos em estado de decomposição em sua propriedade rural. A mulher enterrou os animais e só comunicou o fato à Vigilância na semana passada.
‘’A fazendeira nos avisou do ocorrido depois de saber pela imprensa sobre o surto da febre amarela em Minas Gerais, e que os macacos também podem ser vítimas do mosquito que transmite a doença’’, contou Eugênia, esclarecendo que o animal não transmite o vírus.
Ainda de acordo com a enfermeira, não foi possível coletar material genético dos macacos pelo fato de eles estarem em decomposição e enterrados. Segundo ela, a amostra deve ser recolhida no período de até 24 horas após o óbito do animal.
Já na última sexta-feira (20), um quarto macaco foi achado morto também em decomposição em uma mata de Aparecida do Taboado. O morador que encontrou o animal fez contato com a Secretaria de Saúde, porém, também não foi possível o exame pelo fato do corpo do animal ter sido encontrado em decomposição.
Nesta quarta-feira (25) a Secretaria de Saúde de Aparecida do Taboado vai receber especialistas que irão vistoriar a região e capturar macacos para que o exame possa ser feito. Os profissionais são de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas.
Já o governo de Mato Grosso do Sul informou que mais de 60 mil vacinas contra a febre amarela estão estocadas para atender os 79 municípios do estado. De acordo com a Secretaria de Saúde, todas as cidades estão abastecidas com doses.
Em Mato Grosso do Sul, o último caso confirmado da doença aconteceu em 2015. Pessoas que não se imunizaram contra o vírus devem procurar uma unidade de saúde para atualizar a caderneta de vacinação.
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