Com 125 pessoas desaparecidas em Mato Grosso do Sul, polícia faz alertas

Com 125 pessoas desaparecidas em Mato Grosso do Sul, de janeiro deste ano até agora, as autoridades alertam para os casos de desaparecimento, que estão cada vez mais frequentes. A Polícia Civil destaca que é necessária uma atenção especial aos idosos e crianças. Há ainda, o agravante dos casos de adolescentes que podem ser apenas ‘alarme falso’, mas não se pode descartar nenhuma hipótese.

A criança o idoso passam a ser o grupo de risco, porque são considerados ingênuos. “Tem que ter um cuidado maior com as crianças e os idosos, porque eles são mais indefesos. Em muitos casos, os idosos necessitam de tratamentos especiais, podem sofrer de alguma deficiência que prejudica ainda mais sua localização”, destacou o delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, Miguel Said.

De acordo com a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) um levantamento mais preciso sobre o perfil dos desaparecidos ou comparativos, demanda tempo já que os números variam diariamente. Em Campo Grande, as Delegacias de Pronto Atendimento Comunitário tanto do Centro como do Piratininga, registram as ocorrências durante o plantão e acabam distribuindo conforme a área de abrangência.

“Aqui (1ªDP), também atendemos casos de desaparecimentos, mas o número maior de registros são os crimes de furtos e estelionatos. Mesmo assim, não podemos descuidar. Cada caso é um caso diferente. Temos que investigar a fundo, verificar se o idoso sofre de algum mal, se o adolescente estava com algum bem, quem foi à última pessoa que viu o desaparecido e entre outros fatores”, explicou.

No caso dos adolescentes, há muitos que enganam os pais para poderem sair. Já houve registros de pais que achavam que os filhos estavam na igreja, mas foram encontrados com namorados. “O adolescente tem o agravante de, às vezes, ser influenciado pelos amigos e namorado (a). Mesmo assim, temos que investigar tudo. Nunca se sabe, vai que aconteceu algo grave? Não podemos julgar”, disse o delegado.

Recomendação

As orientações para quem tem um ente querido desaparecido é tentar refazer o trajeto da pessoa, procurar os amigos e familiares próximos, fazer contatos e informar sobre o fato as autoridades competentes. “Hoje em dia, as redes sociais colaboram nessa busca. Mas assim que a pessoa confirmar o desaparecimento deve comunicar à polícia para os devidos trâmites”, alertou o delegado.