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Sem-teto fazem passeata após Justiça cancelar show de Caetano

Sem-teto fazem passeata após Justiça cancelar show de Caetano

31/10/2017 às 10h35 Atualizada em 31/10/2017 às 13h35
Por: RegiãOnline
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Veja.com

 

 

 

 

Moradores da Ocupação Povo Sem Medo, em São Bernardo do Campo, na grande São Paulo, iniciaram nesta terça-feira, 31, uma passeata em protesto pela desapropriação do terreno onde estão. O grupo, que saiu do entorno da rodovia Anchieta por volta das 7h, anunciou que vai marchar até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, na Zona Sul da capital. A previsão é de chegar no destino no início da tarde.

De acordo com o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, cerca de 5 mil pessoas devem participar da marcha desde o início. “É uma forma de cobrar do governo a desapropriação desse terreno e o cumprimento de políticas habitacionais”, declarou ao Estado. “A gente só sai do Palácio hoje com resposta”, disse no palanque antes da saída.

A marcha já estava prevista antes de a Justiça cancelar o show do cantor Caetano Veloso que aconteceria dentro da ocupação nesta segunda-feira, 30. O cancelamento da apresentação, sob o argumento da falta de estrutura e segurança, gerou uma manifestação prévia na noite desta segunda. Em um palco de madeira, participaram do ato apoiadores como o cantor Criolo, as atrizes Sônia Braga, Alinne Moraes, Letícia Sabatella, Marina Person e a empresária de Caetano, Paula Lavigne.

Presente também no ato desta terça, o vereador Eduardo Suplicy (PT) dormiu no local. “O Guilherme (Boulos) me convidou para passar uma noite aqui há cerca de um mês. Achamos que essa seria a data ideal, por ser depois do show. Foi um gesto de apoio”, comentou ao Estado. “Foi uma noite curta. Ouvi os foguetes por volta das 5 horas, mas dormi mais uma meia hora”, comentou o vereador, que, como em outras ocasiões, cantou um trecho de “Blowin’ in the wind”, de Bob Dylan.

O ato saiu de um terreno de 70 mil metros quadrados no bairro Planalto, ocupado pelo movimento desde o início de setembro. Segundo a organização, o espaço está ocioso há cerca de 40 anos. Para levantar o número participantes, a organização distribuiu fichas, que devem ser devolvidas no fim da caminhada.

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