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Imagens: Chico Ribeiro
O governador Reinaldo Azambuja defendeu a criação de um Fundo Nacional de Segurança Pública para resguardar as fronteiras, onde a União, hoje ausente no combate ao crime nestes limites internacionais, assuma efetivamente o controle e compartilhe com os estados a responsabilidade pela segurança pública na região. Ele afirmou que o governo de Mato Grosso do Sul tem cobrado com rigor esse comprometimento do Governo Federal.
Reinaldo Azambuja confirmou presença no 16º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, em Rio Branco (AC), nesta sexta-feira (27.10), e reiterará ao presidente da República, Michel Temer, que estará no evento, medidas da União no sentido de fechar as fronteiras com a presença permanente das Forças Armadas, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. Somente desta forma, segundo ele, o País terá controle sobre as organizações criminosas na fronteira.
“Já apresentamos projeto nesse sentido ao Ministério da Justiça e entendemos que não adianta combater o problema da droga nos morros do Rio (de Janeiro) e grandes centros se não brindarmos as nossas fronteiras”, ponderou o governador. Esta ação, segundo ele, deve contar com uma atuação integrada das forças de segurança federais e dos estados, salientando que o Governo do Estado tem investido na estrutura da polícia na fronteira.
Fronteira, questão nacional
Reinaldo Azambuja demonstrou otimismo com a reunião em Rio Branco, onde, pela primeira vez, o encontro dos governadores prioriza a questão da segurança nas fronteiras com o tema “Narcotráfico, uma emergência nacional”. O debate terá a presença do presidente Michel Temer, de ministros, Supremo Tribunal Federal (STF), Procuradoria-Geral da República, Congresso Nacional, Exército, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e representantes da Bolívia, Peru e Colômbia.
A urgência em discutir a temática se dá pela fragilidade das fronteiras brasileiras. Dos 23102 km limítrofes, 15735 km são terrestres e 7267 km marítimos e fluviais. Mato Grosso do Sul possui 1517 km de fronteira, sendo 1131 km com o Paraguai e 386 km com a Bolívia – destes, 549 km de fronteira seca. Assim como o Acre, sede do fórum dos governadores, que faz fronteira com o Peru e Bolívia, o Estado é rota do tráfico de drogas e armas e de descaminho.
Governo investe na segurança
“Em qualquer país do mundo quem faz segurança de fronteira são as forças federais. Mas temos total ausência da União, e para os estados é empurrado, além da segurança das cidades, a segurança das fronteiras”, reclamou o governador Reinaldo Azambuja. “Quando intensificamos o apoio do estado na segurança, vimos a União reduzir seu efetivo. Precisamos reverter esse quadro. Proteger o Mato Grosso do Sul é proteger o Brasil”, disse.
Reinaldo Azambuja lembrou que o Governo do Estado hoje aplica o maior volume de recursos próprios, em 40 anos de criação de Mato Grosso do Sul, no reaparelhamento e modernização das suas organizações militares, com ênfase nas fronteiras que abrangem 12 municípios e sete cidades gêmeas. Citou, como resultado desse investimento, a apreensão recorde de drogas – 297 toneladas em 2016 – e o dobro de prisões de criminosos em relação a média nacional.
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