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Evelin Cáceres e Kleber Clajus | Foto: Cleber Gellio
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados de Campo Grande, Wilson Gregório informou nesta quinta-feira (19) que mais de 4 mil trabalhadores sã esperados no Parque dos Poderes em um megaprotesto para pressionar os deputados estaduais a encontrarem uma solução diante do anúncio de suspensão das atividades nos oito frigoríficos da JBS em Mato Grosso do Sul.
Desde cedo, os trabalhadores deixaram as duas unidades da Capital e seguiram em ônibus fretados para a Assembleia. De acordo com Gregório, nesta quarta-feira (18) foram abatidas as últimas cabeças de gado nas unidades de Campo Grande e todos temem a perda dos empregos.
Pela Avenida Afonso Pena, os ônibus travaram o trânsito transportando em comboio os manifestantes. O sindicato nega que a empresa esteja arcando com a estrutura da manifestação. “O que aconteceu é que a empresa nos liberou para protestar. Enquanto houver suspensão, a JBS garantiu que segue pagando pelos dias, mesmo parados”, disse.
O objetivo do movimento, segundo Wilson, é manter a pressão sobre os deputados para uma solução em relação à suspensão dos abates e a ação que bloqueia os bens da empresa. A assessoria de comunicação da JBS também nega estar financiando a manifestação.
“O ato foi organizado diretamente pelas centrais sindicais. A companhia respeita do direito à livre manifestação e atendeu ao pedido do sindicato em liberar os colaboradores que têm interesse em participar do ato”.
Cerca de 40% da produção da empresa acontece no Estado. A suspensão travou o mercado de boi gordo, que é o quarto maior rebanho do país, também segundo o Grupo J&F.
Empresas de consultoria econômica já apontam ‘comportamento incomum’ do mercado. De acordo com a Scot Consultoria, no meio da semana as atividades aumentam, mas Campo Grande e Três Lagoas estariam com o mercado ‘mais comedido’.
A estrutura empenhada na manifestação contém, além dos ônibus fretados, freezers com água na Assembleia e carro de som, que não poderá ser usado, graças à uma portaria publicada pelo governo do Estado em agosto, que proíbe o uso.
Subcomandante do Batalhão de Trânsito, o capitão Wiliam Silva do Nascimento afirmou que os sindicalistas já foram avisados sobre a proibição, sob pena de multa de 5 UFERMS. Além de quatro viaturas do Trânsito e 9º Batalhão, o Choque também está de prontidão caso seja necessário, segundo o policial.
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