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As vendas relacionadas ao Dia da Criança devem gerar movimento de R$ 8,8 bilhões no comércio do país, revela pesquisa da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) e Instituto Ipsos. Foram entrevistados 1.200 consumidores no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Florianópolis, Salvador, Recife e em mais 64 municípios brasileiros, entre os dias 1º e 14 de agosto passado.
O economista destacou que, para os R$ 8,8 bilhões que devem ser movimentados pelo Dia da Criança, colaboram também os dados relativos a emprego. “Essa é a principal variável que influencia a tomada de decisão do consumidor”, apontou o economista. Ele completou que esse conjunto de variáveis eleva o tíquete médio para a compra dos presentes de R$ 118,87, registrado em 2016, para R$ 138,95, este ano.
Em relação ao gasto médio por gênero, a pesquisa mostra que os homens pretendem gastar mais que as mulheres, com média respectiva de R$ 147,63 e R$ 129,61. Travassos explicou que, embora as mulheres tenham conquistado mais espaço no mercado de trabalho, os homens ainda são, proporcionalmente, mais presentes como chefes de família e têm um rendimento maior.
Brinquedos, com 61% das respostas, seguem na liderança entre as opções preferidas para presentes para as crianças, vindo a seguir, roupas (20%), calçados (5%) e bicicletas (3%). “A tradição fala mais alto nessas horas”, analisou Travassos.
No caso do estado do Rio de Janeiro, a sondagem Fecomércio RJ/Ipsos revela que o gasto médio pretendido pelos consumidores para o Dia da Criança sobe para R$ 165,57. A estimativa é que a data comemorativa contribua para injetar no comércio fluminense cerca de R$ 934 milhões.
Empresários
Outra pesquisa, feita pela Fecomércio RJ e Fundação Getulio Vargas Projetos (FGV Projetos) com 2 mil estabelecimentos comerciais nas oito regiões de governo fluminense, entre os dias 1º a 21 de setembro, revela que os empresários do setor no estado estão mais otimistas para as vendas do Dia da Criança de 2017. A expectativa é de alta de 7% no faturamento deste ano, em comparação ao ano anterior. O tíquete médio alcança R$ 118,69 por consumidor, sinaliza a pesquisa.
Christian Travassos lembrou que os anos de 2015 e 2016 foram difíceis para a economia como um todo, englobando empresários do varejo e consumidores. Agora, com a melhora que começa a ser percebida por meio dos indicadores econômicos, a confiança tende a aumentar. Ela destacou o emprego, que começou a responder de forma positiva no terceiro trimestre “e a tendência é que continue assim nos próximos meses”.
De acordo com o levantamento, 18 mil estabelecimentos fluminenses pretendem realizar ou já realizaram contratações temporárias. O gerente de Economia da Fecomércio RJ avaliou que o movimento de contratações é importante porque influencia toda a cadeira econômica. "A pessoa empregada tem mais segurança para consumir, para tomar crédito e a partir desse momento, melhora também o volume de vendas do comércio e isso estimula a produção”. Por isso, garantiu ser muito importante a retomada do emprego observada nas últimas leituras do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério o Trabalho (Caged).
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