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Moradores da cidade mais pobre do Brasil descem o pau no prefeito e o amarra em poste

Moradores da cidade mais pobre do Brasil descem o pau no prefeito e o amarra em poste

15/09/2017 às 21h37 Atualizada em 16/09/2017 às 01h37
Por: RegiãOnline
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Prefeito de Marajá do Sena (Maranhão) foi espancando e amarrado a um poste por alguns populares revoltados. De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura, Ele estava fazendo uma campanha em uma rua da cidade e foi rendido ao chegar em casa.

Imagens publicadas em redes sociais mostram ele sendo agredido numa calçada. O prefeito aparece com ferimentos na cabeça e no rosto. Fotos mostram ele amarrado a um poste.

A polícia foi chamada, chegando ao local encontrou apenas o prefeito amarrado no poste, Ele foi levado a um posto de saúde onde recebeu pontos em um corte severo na cabeça perto de seu olho e está se recuperando bem.

A polícia investiga o caso e em breve teremos mais informações.

De acordo com dados do IBGE, a segunda cidade mais pobre do Brasil é Marajá do Sena, localizada na região central do Maranhão, a 400 km de São Luís. A cidade tem cerca de oito mil habitantes, dos quais 53,37% se encontra na pobreza. A maior parte da população depende do Bolsa Família.

Marajá do Sena é um canteiro de obras públicas inacabadas, e a população sofre com a falta de escolas e hospitais. No município falta emprego, saneamento básico, água encanada e agência bancaria. A construção do Centro de Referência e Assistência Social (CRAS), avaliada em aproximadamente R$ 275 mil, que deveria ter sido concluída em agosto do ano passado se arrasta até hoje.

A única opção de atendimento médico na cidade é uma única Unidade Básica de Saúde e os profissionais de saúde enfrentam todo tipo de dificuldade para atender a população. “Precisa demais de um hospital, uma unidade que supra todas as necessidades. Quando é alguma coisa mais grave temos que deslocar para alguma cidade próxima”, contou o enfermeiro Romildo Cavalcante.

A educação é outro sério problema na cidade, principalmente na zona rural. No povoado cantinho, a oito km da cidade, a escola não abre as portas todos os dias. No local estudam nove crianças, entre elas a filha da lavradora Francisca Rodrigues que reclama da falta de merenda e conta que a filha de 11 anos mal sabe escrever o próprio nome.“Esse ano não veio merenda. Minha filha mal assina o nome”, disse Francisca Rodrigues.

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