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Raiane Carneiro/Foto: Henrique Kawaminami
O Brasil está retomando o crescimento, apresentando saldos positivos de 103 mil empregos gerados no último trimestre. A informação é do ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira, que falou sobre a retomada do emprego e da economia no país. A entrevista foi concedida durante uma coletiva de imprensa na manhã deste sábado (2), no evento realizado na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
O ministro explicou há uma sinalização na retomada dos empregos no país. “A partir de abril, nós estamos produzindo uma média de 30 mil vagas por mês. Nosso estoque é positivo é de 103 mil vagas”, disse. Os números de 103 mil vagas, de acordo com o ministro, é o resultado do primeiro trimestre deste ano.
Na visão de Nogueira, o crescimento das vagas é “um sinal muito claro de que a economia retomou seu crescimento”. Sobre a questão da informalidade, que atingiu 1,4 milhões de brasileiros, segundo os últimos dados do Pnad Contínua divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o ministro ressaltou que é uma maneira de sobrevivência.
“Em junho de 2014 a junho de 2016, nós perdíamos uma média de 100 mil postos de trabalho por mês. Chegamos a quase 3 milhões de postos fechados. O desespero dessas famílias que perderam seus empregos, essas famílias buscaram uma forma de subexistência na informalidade”, comentou.
Ele ainda ressaltou que com a nova legislação trabalhista aprovada, além da segurança jurídica e de mais geração de empregos normais, punições mais rigorosas serão aplicadas. “A partir de novembro, nós estaremos atuando efetivamente para combater a informalidade parar gerar empregos com dignidade”, explicou.
A 2º edição da Feira do Trabalho foi citada pelo ministro como um exemplo para ser aplicado em outros estados a partir do próximo ano. “Nós pretendemos fazer que para que em 2018, estas ações sejam replicadas em todas as unidades da federação. Aonde existe uma Superintendência do Trabalho, ali haverá uma feira do trabalho”, disse Nogueira.
Para o presidente da Câmara Municipal da Capital, João Rocha (PSDB), o evento é “gratificante” por atender o público. Ele ainda ressaltou que a importância da união para que a feira fosse realizada. “Nós estamos dando uma demonstração para o Brasil de que no momento de crise, quando você se une, agrega valores, para a prestação de serviço para o cidadão, nós temos como respostas as entregas que é a obrigação de todos nós, homens e mulheres públicos”, disse.
Na feira, são mais de 70 serviços disponibilizados para a população, tanto para quem está em busca de emprego como para as pessoas que já estão inseridas no mercado de trabalho. Além dos atendimentos para a busca do trabalho, o evento oferece ações de saúde, atrações culturais e esportivas.
Carolina Fernandes dos Santos, 23 anos, contou que viu na feira possibilidade de encontrar emprego. “Já trabalhei de telemarketing. Uma vaga nessa área para mim será ótimo”, contou. Ela, que busca emprego desde o início do ano, estava no estande da Funsat (Fundação Social do Trabalho) para tentar encontrar uma oportunidade.
Além dos serviços de encaminhamento para emprego, outras pessoas foram até o local para aproveitar alguns serviços mais específicos, como é o caso do filho da Jaqueline Sochor, 36 anos. A dona de casa contou que o adolescente quis ir até a feira para tirar a Carteira de Trabalho. “Ele quer começar a trabalhar já como jovem aprendiz, daí precisa da carteira”, explicou.
A feira acontece no corredor central da UFMS e vai até às 17 horas. Além da Câmara Municipal, a SRT-MS (Superintendência Regional do Trabalho), prefeitura municipal, governo do Estado, outras 40 entidade participam do evento.
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