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Agência Brasil
O desempenho das universidades federais é melhor do que o da rede privada, apresentou o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), com base nos os dados obtidos pelo Enade (Exame Nacional de Desempenho). O perfil do estudante do ensino superior no Brasil. Ele tem renda familiar de, no máximo, R$ 2.640; é branco (51,7%); solteiro (74,4%); mora com pais ou parentes (54,6%); não trabalha (56,4%); não tem renda (54,5%) e se dedica no máximo a três horas de estudos semanais extraclasse.
Ainda segundo o Enade 2016, 20,4% dos estudantes ingressaram no ensino superior por meio de políticas de ação afirmativa ou inclusão social. Deste total, 35,4% por terem estudado em escola pública ou particular com bolsa; 30,1% por critérios de renda; e 10% por critério étnico-racial. Os dados, que compõem o levantamento do Censo da Educação Superior de 2016, foram apresentados nesta quinta-feira, em entrevista coletiva no Ministério da Educação.
No ano passado, o número de matrículas em cursos de graduação da rede pública aumentou 1,9% em relação a 2015. A rede privada registrou a primeira queda em 25 anos, com redução de 16.529 alunos (0,3%).
O Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, nesta sexta-feira (1º), o resultado do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) 2016. A prova avalia o desempenho dos alunos do ensino superior. A participação é obrigatória; sem ela, o universitário não recebe o diploma.
Em 2016, foram avaliados os cursos de agronomia; biomedicina; educação física (bacharelado); enfermagem; farmácia; fisioterapia; fonoaudiologia; medicina; medicina veterinária; nutrição; odontologia; serviço social; zootecnia. O Enade 2016 também avaliou os tecnólogos nas áreas de agronegócios, estética e cosmética, gestão ambiental, gestão hospitalar e radiologia. Segundo o Inep, 40% dos universitários avaliados ficaram com o conceito 3, numa escala que vai de 1 a 5.
No total 216.064 estudantes concluintes regulares foram inscritos, mas somente 195.757 realizaram a prova. O Enade foi realizado em todos os estados. Em relação aos cursos, 4,3 mil foram avaliados em 997 Instituições de Ensino Superior (IES).
Além das provas, o Inep aplicou um questionário socioeconômico aos estudantes. No ano passado, 46,9% deles eram jovens de até 25 anos e 54,6% deles viviam com os pais. Em relação às características predominantes: 51,7% eram da cor branca e 36,1%, pardos; 74,4% solteiros; 47,6% com renda familiar mensal de 1,5 a 4,5 salários mínimos.
Sobre o mercado de trabalho, o Inep apurou que 54,4% não estavam trabalhando e 42,8% dedicavam de uma a três horas de estudos por semana.
Em relação à bolsa de estudos e financiamentos, 36,5% do total recebiam financiamento do Programa Universidade para Todos (Prouni) ou Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Dos estudantes que recebiam financiamento, 62,6% tinham renda familiar de até 3 salários mínimos; 61,5% eram os primeiros da família com acesso à educação superior e 29,6% ingressaram por meio de políticas afirmativas.
Exame
A prova do Enade é composta por 40 questões, divididas em duas partes: Formação Geral (FG) e Componente Específico (CE). A primeira tem dez questões, sendo oito de múltipla escolha e duas discursivas, que Contempla temas como sociodiversidade, biodiversidade, globalização, cidadania e problemas contemporâneos. Essas perguntas equivalem a 25% da nota do exame.
A segunda busca avaliar as competências, habilidades e o domínio de conhecimentos necessários para o exercício da profissão e é composta por 30 questões, sendo 27 questões de múltipla escolha e três discursivas, o que equivale a 75% da nota da prova.
O Enade avalia o quanto os estudantes dominam os conteúdos específicos do seus cursos e da formação geral. A participação na prova é obrigatória.
A partir de novembro, o governo federal deve divulgar outros índices que têm a prova do Enade como base, como o Conceito Preliminar do Curso (CPC) e Índice Geral de Cursos (IGC). Eles vão incluir, além do desempenho dos alunos, questões como corpo docente, infraestrutura, recursos didático-pedagógicos e ainda a avaliação dos cursos de pós-graduação de cada instituição junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
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