Pupy já está em seu novo lar. Cinco dias após deixar a Argentina e cruzar o Estado de Mato Grosso do Sul inteiro, a elefanta africana chegou ao Santuário dos Elefantes, na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, na manhã desta sexta-feira (18). O comboio que acompanhou Pupy na viagem continental estacionou na Chapada por volta das 10h30 e o animal já foi transferido para seu novo recinto.
A chegada de Pupy foi transmitida ao vivo pelo Santuário de Elefantes nas redes sociais. A entidade também mostrou como são as acomodações da elefanta no local. Por ora, ela ficará sozinha no ambiente, mas, até o final do ano, outra elefanta africana será trazida da Argentina para voltar à vida na natureza, ainda que em um bioma estrangeiro, pois a espécie não faz parte da fauna brasileira.
Ao logo dos mais de 2,5 mil quilômetros percorridos nos últimos cinco dias, Pupy chamou atenção por todos os lugares que passou. Em Mato Grosso do Sul, começou roubando a cena em um posto de gasolina em Nova Alvorada do Sul, quando o caminhão que a transportava parou para abastecer, na noite de quarta-feira (16).
O animal também fez paradas em outras cidades sul-mato-grossenses, como Campo Grande e São Gabriel do Oeste.
Nova casa da elefanta Pupy
O Santuário de Elefantes do Brasil funciona na Chapada dos Guimarães desde 2016 e nasceu da ideia de oferecer abrigo para esses animais na América do Sul, para que tivessem condições de se recuperar após resgates – principalmente em casos de exploração e maus tratos.
Diversas propriedades foram visitadas no país e o local na Chapada, no cerrado brasileiro, foi considerado o mais adequado para acolher exemplares da espécie e oferecer-lhes espaço e autonomia. Veja as instalações de Pupy no Santuário:
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Da Argentina para o Brasil
A elefanta que agora ganha uma nova vida tem 34 anos de idade. Ela nasceu no Parque Nacional Kruger, na África do Sul, na década de 1980. Em 1993, foi transportada para a Argentina, onde passou a viver no Templo Hindu dos Elefantes, dentro de um zoológico.
Em 2016, o zoológico foi desativado para se transformar no Ecoparque Buenos Aires, um centro de conservação de vida selvagem local. Desde então, animais estrangeiros que viviam no espaço, como chimpanzés, elefantes, orangotangos e ursos, estão sendo transferidos para reservas e santuários.
A intenção é focar na conservação de espécies nativas e dar aos demais bichos de outras faunas uma vida digna em ambiente adequado.