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Advogado é condenado a 9 anos de prisão por colaborar com o PCC em MS

Advogado é condenado a 9 anos de prisão por colaborar com o PCC em MS

RegiaoOnline
Por: RegiaoOnline Fonte: CAMPO GRANDE NEWS
05/03/2025 às 07h42
Advogado é condenado a 9 anos de prisão por colaborar com o PCC em MS
Viaturas utilizadas em operação na cidade de Água Clara em outubro do ano passado. (Foto: Arquivo/Gaeco)

O advogado Alexssander Cardoso dos Santos, preso pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) na primeira fase da Operaçõ Expurgo, em 2023, foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão por associação criminosa e colaboração com o tráfico de drogas. A decisão foi proferida pelo juiz da Vara Única da Comarca de Água Clara, em sentença publicada em fevereiro. O processo, no entanto, corre em segredo de justiça.

A sentença aponta que Alexssander usava sua posição como advogado para auxiliar integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), fornecendo informações sigilosas sobre investigações em andamento. De acordo com os autos obtidos pela reportagem, ele alertou criminosos sobre mandados de prisão e chegou a se oferecer para armazenar entorpecentes em seu escritório.

“O acusado extrapolou os limites da advocacia e atuou diretamente na estrutura da organização criminosa, prestando suporte logístico e estratégico', diz um trecho da decisão, assinada pelo magistrado Cesar David Maudonnet.

Depoimentos colhidos durante a instrução processual reforçaram a acusação do Ministério Público. Policiais civis relataram que o advogado comparecia à delegacia antes mesmo da chegada dos presos, já ciente das prisões e dos motivos dos flagrantes. Em um dos episódios citados nos autos, um dos detidos negou conhecer Alexssander e afirmou que nunca havia contratado seus serviços.

Já a defesa alegou nulidades no processo e questionou a legalidade das provas obtidas por interceptação telefônica. No entanto, a Justiça rejeitou os argumentos e concluiu que as evidências eram suficientes para a condenação. “As provas demonstram que o réu mantinha vínculo estável e permanente com a organização criminosa, agindo como intermediário entre seus integrantes', destaca outro trecho da sentença.

Diante dos fatos, o magistrado manteve a prisão preventiva de Alexssander. Ele está detido desde que a segunda etapa da operação do Gaeco foi deflagrada, em 21 de novembro de 2023, no município de Água Clara.

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