A Polícia Civil indiciou um pastor evangélico, não identificado, por violação sexual mediante fraude após concluir as investigações em Mato Grosso do Sul. O caso foi divulgado nesta quarta-feira (29/01).
As investigações tiveram início a partir de denúncias formuladas por cinco vítimas, sendo todas mulheres frequentadoras da igreja liderada pelo tal pastor. Conforme o relato, as vítimas foram submetidas a atos libidinosos.
Isso, porque o pastor utilizava o pretexto de realizar orações individuais em um local conhecido como ‘Oração no Monte’.
Assim, ele levava as vítimas para um local isolado e escuro, onde praticava os atos. No relato, as vítimas detalharam que ele tocava suas partes íntimas, forçava contato físico e, em alguns casos, expunha seus órgãos genitais.
A justificativa para o pastor praticar os atos era a necessidade de “cura” ou “libertação de demônios” das vítimas. Ainda, ele ameaçava e intimava as mulheres, alegando ligações com o crime organizado, para que elas não denunciassem os abusos sofridos.
Negou os crimes
Durante o interrogatório, o pastor negou a prática de todos os crimes, alegando que as orações ocorriam sempre na presença de outras pessoas. Contudo, disse que as acusações ocorreram por desentendimentos entre as vítimas e sua esposa.
A polícia concluiu que o modus operandi do pastor foi semelhante em todos os casos: ele usou da sua posição de líder espiritual para isolar as vítimas em locais escuros e praticar os abusos sob o pretexto de realizar ‘Orações no Monte’.
Para a polícia, a conduta do pastor não apenas violou a integridade física e psicológica das vítimas, mas também abusou da fé e da confiança que elas depositavam nele como um líder espiritual.
Já com o encerramento das investigações, o inquérito policial foi encaminhado ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para oferecimento de denúncia.