Joaquim Padilha
Na quarta-feira passada (9), uma unidade de fronteira do Exército Militar de Mato Grosso do Sul teria entrado em contato com o Quartel-General do Exército, em Brasília, para pedir recursos a fim de evitar um possível corte de energia da organização. As informações são da Agência Estadão Conteúdo.
Segundo a reportagem, a unidade, que ficaria localizada na fronteira com o Paraguai e atuaria no combate ao narcotráfico e ao contrabando de armas, solicitou ajuda por falta de verba. O Quartel-General enviou dinheiro antes que a luz da unidade fosse cortada.
Nos últimos cinco anos, houve uma redução de 44,5% no Orçamento do Exército Militar Brasileiro. Só neste ano, segundo o Comando das Forças Armadas, houve um contingenciamento de 40% dos recursos, sendo que a verba da corporação só conseguirá cobrir os gastos até setembro.
Generais afirmaram à reportagem que foram obrigados a usar reservas de combustíveis e armas para poderem operar, pondo em risco a capacidade de "prontidão" das tropas. Outros comandantes temem um risco de "colapso" da corporação.
À reportagem do Estadão, o general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, adotou tom diplomático. "O Exército jamais deixará de cumprir suas missões. Os cortes foram muito elevados, fora dos padrões, e, se não forem readequados em curto prazo, terão impacto direto para a continuidade das ações na Força", disse.
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