Aparecido Vicente dos Santos, conhecido como Cido Pancadão, foi condenado a 21 anos de prisão, em regime fechado, por matar a ex-esposa, Maria Mercedes Dominguez Cristaldo, de 25 anos, no dia 20 de abril do ano passado. O crime ocorreu na cidade de Ivinhema, a 282 km de Campo Grande, e o julgamento foi nesta quarta-feira (26).
O MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) pediu a condenação do réu por homicídio qualificado pelo motivo fútil, mediante emboscada e em virtude da condição do sexo feminino, caracterizado por violência doméstica e familiar (feminicídio), enquanto a Defensoria Pública sustentou a tese que afastava as qualificadoras.
O Conselho de Sentença acatou os argumentos apresentados pelo Ministério Público e condenou Aparecido à pena definitiva de 21 anos de reclusão. O réu continuará preso, haja vista a negativa de recorrer em liberdade.
O crime - Maria foi assassinada a tiros por volta das 4h30 do dia 20 de abril de 2022. A vítima saía para trabalhar, quando foi surpreendida por um homem de short, camiseta e com rosto coberto por pano, que saiu debaixo de um pé de colorau, atravessou a rua e fez o disparo. Aparecido sabia que ela trabalhava na roça e saía ainda de madrugada.
A vítima chegou a ser socorrida por familiares ao Hospital Municipal, mas morreu antes de dar entrada na unidade. Maria estava grávida, segundo a família, era casada e tinha três filhos.
A família informou que no decorrer da semana, Maria Mercedes discutiu com o ex-marido, que morava em Novo Horizonte do Sul, e foi ameaçada de morte.
Prisão - Aparecido Vicente foi preso em flagrante horas depois, ainda naquele dia, e confessou o crime. A arma artesanal calibre 12, conhecida como garrucha, utilizada no feminicídio foi localizada em área de mata.
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